Superação, amor, dedicação e qualidade são os principais adjetivos para eu começar a falar de Jailbreak, esse discaço no qual Prika Amaral (guitarra e vocal) e suas correligionárias Helena Kotina (guitarra), Hel Pyre (baixo) e Michaela Naydenova (bateria) nos presentearam nesse ano. Jailbreak é o resultado da união de pessoas no qual amam o que fazem, se esforçam muito para entregar qualidade e etá aqui, o resultado final é simplesmente um petardo!!
Vamos começar que até esse disco, a banda teve sérios problemas com a sua formação e esses problemas sempre afetam o andamento natural dos planos de qualquer pessoa, mas foi nesse momento no qual Prika Amaral surge, como a grande líder que é e resolve ela mesmo ser a vocalista da banda, entregando de vez a identidade dela para a banda, que sempre teve essa identidade nas guitarras, mas atualmente, não consigo mais pensar em ouvir Nervosa sem a potência vocal da Prika. Helena que estava como baixista, assumiu a guitarra solo, entregando algo que muitos reclamavam ao longo dos anos, solos mais trabalhados, não que, eu mesmo ligasse, pra mim estava bom, mas essa adição veio como uma mão na roda.
A baterista Michaela mostra uma personalidade em suas levadas, mesmo ela seguindo a proposta da banda, você consegue ouvir notas e viradas que denotam a sua força e como ela enxerga o seu instrumento e a baixista Hel Pyre Pyre compôs bem o seu baixo na canção Seed Of Death, já que ela foi a última adição à banda, tendo os baixos todos gravados por Helena Kotina, mas nessa canção, o trabalho de Hel Pyre é muito bom, fica o destaque para ela nesse caso.
No caso das músicas, amigo, citar somente uma é covardia, pois é um disco completo e perfeito, com 13 faixas de qualidade e personalidade intocadas, eu diria que é um dos discos mais “maduros” da Nervosa, perfeito e agressivo. Mas temos músicas com participações especiais e When The Truth Is A Lie toca, você ouve o solo de ninguém mais, ninguém menos que Gary Holt (Exodus, ex-Slayer) e ficou animal e na faixa Superstition Failed, a vocalista Lena Scissorhands (Infected Rain, Death Dealer Union) empresta a sua voz em umas passagens e ficou super legal!!
Um disco que mostra de uma vez por todas o porquê eu bato sempre na tecla de que o Brasil é um país f****, mesmo a Nervosa tendo se tornado uma banda “do mundo”, a sua líder Prika Amaral é Brasileira e como toda a boa Brasileira, ela não desiste do seu sonho e conseguiu, com tudo, lançar um disco ímpar em sua carreira, exemplar.
NOTA: 5 / 5
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