Cold Lake – Celtic Frost (1988)
O Celtic Frost sempre foi uma banda inovadora dentro do metal extremo, mas com Cold Lake, de 1988, eles tomaram um caminho que até hoje é visto como um grande erro. O álbum abandonou o peso sombrio e a criatividade dos lançamentos anteriores para adotar uma sonoridade glam metal, que soou artificial e deslocada para os fãs.
O problema não é apenas a mudança de estilo, mas a maneira como foi feita. As músicas são uma tentativa de Hard Rock farofa genérico, os vocais de Tom G. Warrior perderam a agressividade característica e o disco inteiro parece um esforço mal executado para entrar no mercado mais comercial da época. Faixas como Cherry Orchards e Seduce Me Tonight são exemplos de como a banda perdeu a essência.
A recepção negativa foi tão forte que até o próprio Tom G. Warrior rejeita o disco, considerando-o um grande equívoco na trajetória do Celtic Frost. No fim, Cold Lake se tornou um exemplo de como uma mudança radical de estilo pode custar caro a uma banda consolidada.
St. Anger – Metallica (2003)
O Metallica já havia enfrentado críticas com Load e Reload, mas nada preparava os fãs para o desastre de St. Anger (2003). Tentando captar a fúria e a instabilidade da banda na época, o álbum entregou um som caótico e mal produzido, resultando em um dos discos mais divisivos da história do metal.
A produção é um dos pontos mais criticados, com uma bateria de som metálico insuportável e guitarras emboladas. Além disso, a ausência de solos e a duração excessiva das músicas tornam a audição cansativa. Faixas como Some Kind of Monster e Invisible Kid exemplificam a repetição e a falta de criatividade do disco.
Embora a intenção fosse criar um álbum cru e espontâneo, St. Anger soa mais como um experimento frustrado do que um trabalho digno do Metallica. A banda voltaria a encontrar seu rumo anos depois, mas este disco continua sendo um dos pontos mais baixos de sua carreira.
Tem Pra Todo Mundo – Viper (1996)
Poucas mudanças de estilo foram tão chocantes quanto a do Viper em Tem Pra Todo Mundo (1996). Após lançar álbuns respeitados dentro do heavy metal, a banda decidiu seguir um caminho inesperado, investindo em um som mais próximo do pop rock e afastando completamente sua base de fãs.
O grande problema do disco não é apenas a mudança de gênero, mas a falta de identidade. As músicas são horríveis, as guitarras perderam peso e os vocais não conseguem carregar as composições. Faixas como Na Cara do Gol e Santa Maria não possuem nada do que fez o Viper se destacar nos anos 80.
O resultado foi um álbum rejeitado tanto pelos fãs de metal quanto pelo público mais comercial que a banda parecia tentar alcançar. Até hoje, Tem Pra Todo Mundo é visto como um erro dentro da discografia do Viper.
Virtual XI – Iron Maiden (1998)
Lançado em 1998, Virtual XI mostrou um Iron Maiden sem inspiração. O álbum marcou a segunda (e última) tentativa da banda com Blaze Bayley nos vocais, mas sofre com músicas arrastadas, composições repetitivas e falta de energia.
Faixas como Don’t Look to the Eye of the Stranger são longas demais sem motivo, tornando-se enfadonhas. Como Estais Amigos, uma tentativa de balada emotiva, falha em cativar e acaba sendo apenas monótona. O maior problema do álbum é que ele parece desconectado, sem a grandiosidade e empolgação que o Maiden costuma entregar.
Após Virtual XI, a banda percebeu que precisava de uma mudança. O retorno de Bruce Dickinson e Adrian Smith em Brave New World trouxe o Maiden de volta aos trilhos, tornando este disco um erro a ser deixado no passado.
Nation – Sepultura (2001)
Depois da saída de Max Cavalera, o Sepultura tentou se reinventar com Derrick Green nos vocais, mas Nation (2001) mostrou que a banda ainda estava perdida nesse processo. O álbum, que trazia um conceito sobre uma nação utópica, falha ao apresentar composições pouco inspiradas e sem a agressividade que marcou os melhores momentos do Sepultura.
As músicas são repetitivas e sem impacto, com riffs que não empolgam e vocais pouco expressivos. Faixas como One Man Army e Saga tentam trazer peso, mas acabam soando fraquíssimas e sem alma. Disco muito ruim, sem qualquer clássico da banda e totalmente esquecível.
O resultado foi um álbum que não agradou nem os fãs antigos nem conseguiu atrair um novo público. Nation ficou marcado como um dos trabalhos mais esquecíveis do Sepultura, reforçando a crise criativa da banda na época.