O Dark Funeral fez sua passagem triunfal por São Paulo no dia 8 de março de 2025, em um show realizado no Vip Station. No entanto, a noite que prometia ser parte do M.A.D Metal Fest acabou marcada pelo amadorismo da organização original, que cancelou o festival e deixou muitos fãs revoltados. A frustração, porém, foi amenizada graças à Mosh Productions, que assumiu a responsabilidade e garantiu que o show acontecesse, salvando o evento e entregando uma experiência memorável ao público presente.
A programação começou cedo, às 13h, e contou com apresentações de peso no metal extremo nacional e internacional. O Luxúria de Lillith abriu os trabalhos, seguido pelo Suicidal Nazareth e pelo lendário Mystifier, que trouxe seu black metal macabro e envolvente. Os poloneses do Besatt entregaram um show destruidor, aquecendo o público antes da atração principal.
Por volta das 18h50, o Dark Funeral finalmente tomou o palco e mergulhou a plateia em um turbilhão de escuridão e brutalidade com “Nosferatu”. Em seguida, “Atrum Regina” e “To Carve Another Wound” deram continuidade ao massacre sonoro, antes de a banda revisitar sua fase clássica com “The Arrival of Satan’s Empire”. O momento mais atmosférico veio com “When I’m Gone”, trazendo um toque melancólico à apresentação, antes da destruição continuar com “As One We Shall Conquer” e “Unchain My Soul”.
A reta final do setlist foi um verdadeiro presente para os fãs mais antigos. “In the Sign of the Horns” e “Open the Gates” mantiveram o clima denso e caótico, preparando o terreno para dois dos grandes hinos da banda: “Shadows Over Transylvania” e “My Dark Desires”. Após uma segunda execução de “In the Sign of the Horns”, a banda deixou o palco momentaneamente, retornando logo depois para um bis com “Let the Devil In” e encerrando a noite de forma épica com “Where Shadows Forever Reign”.
A performance da banda foi impecável. Lord Ahriman e Chaq Mol entregaram riffs cortantes e melodias gélidas, enquanto Jalomaah e Adra-Melek formaram uma base rítmica avassaladora. Heljarmadr, com sua presença de palco marcante e vocais ferozes, manteve o público hipnotizado do começo ao fim.
A energia da plateia fez toda a diferença: os fãs cantaram as músicas com devoção. A produção do evento garantiu um som potente e uma iluminação que destacou a atmosfera sombria do show, transformando a noite em uma experiência completa para os amantes do black metal.
Apesar da decepção com o cancelamento do M.A.D Metal Fest, o Dark Funeral entregou um espetáculo inesquecível, e a Mosh Productions merece todos os créditos por ter resgatado a apresentação e feito com que a noite fosse uma celebração ao metal extremo. No fim, a música prevaleceu, e São Paulo viveu mais um capítulo marcante da história do black metal.
