Dorsal Atlântica #5 – O Encerramento Das Atividades

“UM FINAL MELANCÓLICO E ESTRANHO”

Em 2001, dois anos após o lançamento do álbum ao vivo e após 20 anos de carreira, a banda decide encerrar suas atividades. Os principais motivos apontados foram o desgaste “natural” do relacionamento entre os integrantes e a forma como a mídia e as gravadoras agiam em relação à cena e às bandas, entre outras.

Uma sombra negra se abateu sobre os fãs – inclusive este que vos fala – e muitos se sentiram meio atônitos sem querer acreditar nos fatos. Na verdade, duvidávamos de que era possível a banda haver acabado, mas os anos que se seguiram, fizeram questão de esfregar a dura verdade nas nossas caras.

Um final melancólico e estranho do ponto de vista dos fãs, mas certamente, muito… muito mais diferente daquilo que os próprios músicos/artistas dever ter idealizado.

De fato, a aposta em gravar um disco no exterior, arcando com altos custos de produção é simplesmente incompatível com a re

alidade brasileira e, voltando para casa, a desilusão foi grande o bastante para que Carlos já não tão “vândalo” jogasse a toalha.

Nesse intervalo, que durou 10 anos em média, Carlos Lopes se dedicou a vários projetos, entre eles, à imprensa musical, escreveu livros, produziu CDs, fez locução e produção em rádio, fundou duas bandas (Mustang e Usina Le Blond) e, embora duvidando, permaneceu acreditando no futuro, ainda que, contra as circunstâncias.

> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo. [Edição Revisada]

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