HARDCORE OGRO SEM DÓ DE PORRA NENHUMA.

Tenho certeza que, você que se liga na cena Punk/Hardcore de São Paulo, já ouviu ou leu essa expressão acima, linkada a uma outra banda, que infelizmente não mais existe, sendo que, dessa experiência passada, o ex-baterista do Presto Thiago Monstrinho se descobriu um puta vocalista e com o final do antigo projeto, ele não parou, não desistiu e nos presenteia com o Fucking Violence.

Monstrinho recrutou um time de peso para gravar Ingratidão, primeiro petardo dessa maravilha do HCSP(Hardcore São Paulo), contando com Pablo Lucente nas guitas, Carlinhos Capataz no Baixo e Eduardo Garcia na bateria, Ingratidão é um disco nervoso, pesadíssimo, destilando raiva e ódio em 10 faixas, com 33 minutinhos pra ouvir essa maravilha, o disco já começa dando um papo reto pra todos aqueles que sempre fazem desdém do que você fez por eles, Ingratidão, sendo a faixa título do disco já vem nos mostrando o que o disco se propõe em nos dizer, papo reto, na sua cara, lidando com todas as merdas sociais e pessoais que vivemos.

Em suas letras, nada mais do que a verdade da vida surge, em composições diversas, Decepção e Desgosto, Piscina de Merda, mas também temos canções de recomeço, de esperança, baseada na força interna de cada um, como Eu Recomeço do Zero, Prosperar. E muito tiro reto em diversas outras músicas, Respeito é lei(com participação do Badauí do CPM22) é incrível! E falando em participações, o disco conta com ótimas, como a última que eu citei, temos o Caio Macbeserra do Project46 colocando seus berros e Guturais em Decepção e Desgosto, pra Numb The Pain o vocalista Neil Roemer do Cutthroat foi convocado e Laurent Styx do Nothing from No One deixa sua voz em Prosperar.

Cara, só temos sonzaço nesse disco, Hardcore puro, pesado, direto, como tem que ser, destacar alguma canção dentro das 10 apresentadas e subjugar qualquer outra, é um disco perfeito, de fácil percepção e entendimento no que se propõe, mandar um papo reto pra qualquer Ser Humano que seja Ingrato, esse disco é feito pra essas pessoas, tenha essa certeza.

Se você leitor, gosta de um bom Hardcore, que transpira ódio, com voz nervosa e instrumental pesado e sem dó nenhum, Ingratidão então é um disco obrigatório em sua coleção e espero que, depois dessa pandemia, possa encontrar com Monstrinho e seu Fucking Violence em algum show, porque mermão, isso ao vivo deve ser ó, coisa “fina”.

  • NOTA: 5/5

Fucking Violence