Oi, tudo bem? Começa aqui uma série com 3 textinhos, todos compostos pela nossa maravilhosa colaboradora Cammy Marino, sobre os três dias de Bangers Open Air, um dos maiores festivais de Metal da América Latina, que se realiza anualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo, que já tem ingresso para 2026 à venda, saibam mais sobre aqui. Sem mais delongas, vamos para o Aquecimento do Bangers Open Air.

KISSIN´DYMANITE – ICE STAGE

Apesar de super cedo e um sol deveras quente para a cidade de São Paulo, me surpreendeu a quantidade de fãs que aguardavam a primeira banda do dia, o KISSIN DYNAMITE.

Kissin Dynamite por Diego Padilha

A banda alemã apesar de não ser conhecida do grande público, trouxe um hard rock de qualidade, que com certeza já chegou conquistando novos fãs nas “terras brasilis”. E acredito que também arrebatamos o coração deles, uma vez que era nítido a alegria e empolgação dos integrantes durante todo o set, que levou o vocalista a dizer que nós eramos um dos públicos mais quentes que eles já haviam tocado.

Com somente 50 minutos para dizer ao que veio, os alemães souberam muito bem como aproveitar o tempo, empolgando o público com músicas como DNA, BACK WITH A BANG e I´VE GOT THE FIRE chegaram com o pé na porta. E isso era só o início.

DOGMA – HOT STAGE

Esse show além de muito interessante, dividiu opiniões e também causou controvérsia.

O Dogma vem com uma proposta muito interessante: banda só de mulheres, as mesmas vestidas de freiras com corpse paint, tudo muito teatral. A apresentação dividiu o público, muitos ovacionaram a banda e outros diziam que não passavam do Ghost de saias.

Dogma por Marcos Hermes

Mas o que é importante dizer que a banda apresenta elementos muito bacanas que junto com toda essa coisa teatral e controversa chama muito a atenção. Destaque para os vocais de Lilith, que desfila entre o vocal limpo e o sujo com supremacia.

Infelizmente quase durante quase todo o show, o som estava mal regulado, com muitas vezes a bateria engolindo todo o resto. Mesmo assim elas saíram de casa para causar, e conseguiram!

E para causar um pouco mais foram vistas após o show no meio do publico ainda de freiras! Marketing é tudo!

Destaque para incrivel (e aliás muito bem escolhida) cover de Like a Prayer, da Madonna.

ARMORED SAINT – ICE STAGE

Agora sim chegou a hora dos saudosistas, porque quem já viu um show desses caras sabem muito bem que eles entregam tudo, apesar do som tambem estar ruim, principalmente os vocais, isso não foi problema para a banda arrebentar no Ice Stage!

Armored Saint por Diego Padilha

De cara temos dois medalhões na banda, John Bush, ex Anthrax e Joey Vera, que dispensa apresentações.

O ponto alto do show com a Last Train Home e March of the Saints, arrebatando todos os presentes. Mas não foi só isso, algo imprevisível e inusitado aconteceu: John Bush, extremante empolgado com o show, resolveu pular do palco para ir para o pessoal, e se estatelou no chao, sendo rapidamente levantado pelos seguranças. Mas nem se abalou e continuou cantando pela pista vip e chegou perto da pista comum para a loucura do público.

Apesar dos pesares, esse show entra facil para um dos mais legais do festival.

PRETTY MAIDS – HOT STAGE

Definitivamente palavras não serão suficientes para colocar aqui o que foi esse show por uma série de motivos. Primeiro que os fãs apaixonados esperaram por isso anos e anos, e nesse entremeio tínhamos o medo de perder Ronnie Atkins, que desde 2019 luta contra um câncer de pulmão.

Me arrepio só de lembrar como o publico se tornou uma só voz, um só coração. Eu mesma cantava as músicas abraçada a varios amigos emocionados. Nem mesmo os problemas de som que aconteceram no decorrer de todo o set foram capazes de quebrar a magia que percorria nessa sinergia entre banda e fãs.

Pretty Maids nas lentes do Marcos Hermes

Esse culto a resiliência não teve um ponto alto, pois todo o show foi poderoso e tocante, passando por todas as fases da banda, mas tivemos tambem uma linda homenagem a John Sykes, com “Please don´t leave me”.

Agora era tomar folego e enxugar as lagrimas. E ainda teríamos a honra de ver Ronnie mais uma vez no domingo, com o Avantasia!

DORO – ICE STAGE

Nem tivemos tempo de nos recuperar do Pretty Maids, mas só resta respirar fundo por agora era o show de ninguem mais e ninguem menos que DORO PESCH.

Amada por 100% dos brasileiros (100% sim, porque quem não ama a Metal Queen está errado!) era certeza de um show incrivel, e foi!

E a Rainha, no auge de seus 60 anos, já chega com o pé na porta, mas um sorriso no rosto, com um clássico do Warlock, “I rule the ruins”, colocando o Memorial da América Latina abaixo.

Doro Pescho nas lentes do Diego Padilha

Tivemos tambem “Fire in the Sky” e “Time for Justice” do seu último álbum, “ Conqueress” o qual eu tive a honra de ouvir em primeira mão na Listen Session que aconteceu no Wacken Open Air de 2023, com a presença da própria.

E ela não parou por aí, com uma execução inigualável de “Fur Immer” e como se não bastasse, tivemos ainda Breaking The Law, do Judas Priest.

Com “All We Are” a rainha encerra essa aula de Heavy Metal!

GLENN HUGHES – HOT STAGE

The Voice Of Rock por Marcos Hermes

Simplesmente ele, The Voice of Rock, fecharia a primeira noite do Bangers!!!

Como se não bastasse ser ele, ainda seria a última apresentação com essa turnê que nos delicia com clássicos do Deep Purple da fase Hughes.

Do auge dos seus 73 anos, Glenn ainda esbanja um vocal incrivel, mas infelizmente o corpo mostra sinais de cansaço, mas nada que comprometa o brilho dessa lenda.

Infelizmente os problemas de som tambem atingiram o show de Hughes, mas o solo de bateria de Ash Sheehan foi um show à parte!

E você você ficou com gosto de quero mais, fique tranquilo. O mestre volta a solo brasileiro em novembro, dessa vez focando na sua carreiras com outras bandas como Black Sabbath, Trapeze, entre outras.

 

TEXTO POR CAMMY MARINO

TODAS AS FOTOS ABAIXOS SÃO AS OFICIAIS DO EVENTO, FEITAS PELA BELA EQUIPE DO MARCOS HERMES ARTS