Resenha: Stardust – Highway to Heartbreak (2020)

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CDS, Resenhas outubro 17, 2020 996Views 0Likes 0Comments

“Ótima estreia”

Uma das revelações da cena AOR europeia, a banda oriunda da Hungria chamada Stardust, acaba de lançar seu primeiro full álbum, intitulado “Highway to Heartbreak” via o selo Frontiers Music Srl. Fundada por dois amigos, Adam Stewart (vocal principal) e Tim Keeley (bateria) em 2015, o Stardust é completado por Facey (guitarra principal e vocal), Dave Legrand (teclado) e Ben Martin (baixo e vocal).

E a estreia já conta com nomes de peso dentro do cenário AOR como Mark Spiro e Tommy Denander, que colaboraram na produção e composição de “Highway To Heartbreak“, colocando o Stardust em uma posição de destaque e gerando expectativas otimistas dos fãs devotos desse estilo em particular.

E posso afirmar que nenhum apreciador do bom AOR ficará decepcionado com esse álbum, que já abre em grande estilo com “Runaway” e sua pegada cativante, recheada de ganchos e inclusões de teclados escolhidas a dedo. É daquelas canções positivas, que servem para animar o dia do mais pessimista dos seres. Na sequencia temos um cover da diva dos anos 80, Pat Benatar, com um dos seus clássicos, “Heartbreaker”, que recebeu um arranjo moderno e ficou bem legal.

Uma firme linha de baixo/bateria conduz “Bullet To My Heart”, que tem uma cadência agradável e o trabalho da guitarra é muito bem acentuado. “Perfect Obsession”, uma mid ballad, começa acordes de violão e vocal destacado, que vai ganhando consistência com as passagens. Os trabalhos dos backings e vocais em camadas realça a beleza da faixa.

“2nd Hand Love” foi um dos singles lançados antes do álbum e certamente foi uma escolha acertada. A música tem elementos de Hard, mas o AOR predomina principalmente na ponte e no forte refrão. Excelente faixa. Colocando os rifes para funcionar o Stardust nos apresenta “Shout It Out“, com outro trabalho destacado do vocalista Adam Stewart, mas muito bem acompanhado de backings vocals precisos e certeiros.

Tempo para uma nova balada, “Can’t Stop Lovin ‘You“, um dos destaques do disco com sua melodia progressiva, arranjos inspirados e um refrão cheio de sentimento. Perfeita para cair no gosto dos fãs do clássico AOR. Para agitar as coisas temos “Eye To Eye”, que possui um instrumental muito bem elaborado e criativo, com destaques para a bateria de Tim Keeley e as inclusões do teclado de Dave Legrand.

“Hey Mother” mantém o bom nível do álbum apresentando uma ótima relação da guitarra/teclado e um excelente refrão. “Blue Jeans Eyes” tem um Q de Def Leppard do final dos 80 e um novo trabalho vocal muito destacado, sendo essa harmonia vocal um dos pontos fortes do Stardust. Fechando o disco temos “The River Is Rollin ‘“, que a principio soa como o pop oitentista, mas consigo ver boas influências de Night Ranger em determinadas passagens.

A fama conquistada com os fãs de AOR do velho mundo pelo Stardust, se justifica completamente em “Highway to Heartbreak”. O álbum é muito bem produzido, variado e muito técnico. As canções esbanjam inspiração e os músicos têm talento de sobra, sendo uma estreia com o pé direito. Bola dentro da Frontiers e particularmente, uma das maiores surpresas do ano até agora. Se AOR é a sua praia confira sem pensar duas vezes.

Nota: 4/5

Tracklist: