Se existe uma banda no qual eu, Augusto Hunter, sempre, desde o início dela e desde quando vim a conhecer ela, pelo clássico clipe de Cinnamon Girl que era veiculado pela saudosa MTV Brasil em seus áureos tempos, eu nunca gostei do Type O Negative, mas ao mesmo tempo, nunca neguei a qualidade da banda. Os anos se passaram, o lendário vocalista e baixista Peter Steele faleceu em 2010, findando a banda, mas deixando um gigante (sem piadas aqui) legado aos seus fãs.
Em uma matéria postada aqui, Kenny Hickey fala sobre tudo que ocorreu em torno de Dead Again, que em 2022 completou 15 anos e foi completamente remasterizado e relançado pela Nuclear Blast e é esse lançamento que estarei analisando aqui, já que estamos falando de um disco, praticamente póstumo de Peter Steele e que os fãs ficaram muito tempo sem contato com o mesmo.
Dead Again orginalmente é lançado com 10 faixas, todas elas que mostram bastante o porquê o Type O Negative é e será lembrada eternamente como uma das principais bandas do Doom Metal do mundo, mas o Doom da banda não é um qualquer, já que a banda tem também muita influência de Hardcore e nesse discaço essa influência é muito bem lembrada em canções como a faixa título Dead Again, Tripping a Blind Man e a influência do Doom aparece em canções maravilhosas como September Sun, The Profit Of Doom, mas não vamos analisar aqui essas que vocês conhecem muito bem, vale citar que a remasterização do disco ficou ótima, mas eu vou trazer a análise da parte ao vivo, que é aonde está a riqueza desse disco.
São 10 registros que trazem a banda em ação e essas versões ao vivo para Cinnamon Girl, Black nº 1, My Girlfriend´s Girlfriend, Anesthesia, Christian Woman, Love You To Death, Kill You Tonight que mostra como eu perdi tempo em não dar atenção a essa gigante do cenário, são canções ótimas e todas essas citadas e as outras nessa seção ao vivo, mostram como a banda era competente em palco, a voz de Peter Steele é hipnotizante, um grave único, as guitarras de Kevin Hickey tinha personalidade, a bateria bem cadenciada de Johnny Kelly se fazendo presente, os teclados Scott Warren na tour estavam perfeitos, deveria ser um show incrível, é isso que esse registro ao vivo nos passa, que a banda era realmente matadora, uma pena que parou, o Peter se foi e nunca mais teremos a chance de vê-los em palco, nos servindo esse banquete de sentimentos que a sua música carrega. Um belíssimo lançamento para se ter em sua coleção, eu com certeza irei garantir um pra mim e olha que eu nem sou lá esses fãs da banda.
NOTA: 4 / 5
