Fala galera! Biel Furlaneto novamente na área!! E aproveitando que estamos em clima de Bangers Open Air (que estará a todo vapor em exatos 3 meses), nosso terceiro “Além do Obvio” contempla uma banda que as vezes fica fora das listas de bandas óbvias para as pessoas. O W.A.S.P., banda de hard n heavy capitaneada por Blackie Lawless, se encaixa no clássico caso de banda que tinha potencial para ser muito maior do que realmente foi. Apesar de deixar alguns hinos pelo caminho como “I Wanna Be Somebody”, “Wild Child” e “Blind in Texas”, a banda nunca apareceu de fato entre as gigantescas do rock.
Nesse texto eu trago 10 sons matadores da banda além do que é mais conhecido, e do que provavelmente será tocado no festival (onde mostramos AQUI que a banda provavelmente não tocará o primeiro album na íntegra no Brasil) .
Obs – Como o primeiro álbum está em total evidência por causa da tour, não citarei nenhuma música do mesmo.
Pra você que conhece mais superficialmente, se segura na cadeira que a pedrada vem forte por aí…
Shoot From The Hip – O W.A.S.P. é caracterizado basicamente por duas coisas: A potente voz de Blackie Lawless e os refrões altíssimos cantados em coro. Nessa pérola presente no album “Inside The Electric Circus” (1986) temos a fórmula de forma simples e direta. Uma porrada na cara.
Hallowed Ground – Uma balada quase gospel, lançada depois de Blackie ter se convertido ao Cristianismo, mas com a característica potencia vocal de sempre. Está no esquecido “Dying for the World” (2002).
Don’t Cry (Just Suck) – Na lista de nomes “diferentes” por assim dizer, essa faixa do album Helldorado (1999) mostra mais uma vez um hard n heavy potente e cheio de coro, em um album onde as pessoas costumam ir no máximo na faixa título.
Kill Your Pretty Face – Presente no polêmico e industrial “Kill, Fuck, Die” (1997), essa música é mais uma que paga o preço de estar em um album “amaldiçoado” por assim dizer. Essa chegou a ser tocada pela banda (inclusive na primeira passagem do WASP pelo Brasil), mas ficou pelo caminho cedo demais. Agoniante, assustadora e quase claustrofóbica, mostra um Blackie pronto para “Matar carinhas lindas” por aí. A versão ao vivo presente no album “Double Live Assassins” é pra pagar o ingresso de novo.
* Obs – Versão da Playlist é a ao vivo porque o “KFD” é tão esquecido que nem tem no Spotify.
Into The Fire – As baladas famosas do W.A.S.P. são as presentes no album “Crimson Idol” (1992) e algumas mais do começo da carreira (Sleeping (in the fire), Forever Free, etc). Presente no excelente Babylon (2009), é uma balada de letra intensa e apaixonada. Vale muito a pena dar uma chance.
Charisma – O album “Unholy Terror” (2001) está frequentemente na lista de albuns mais fracos da banda, e de fato não chega perto do brilho de outrora. Dentre os bons momentos do disco, há de se destacar mais uma potente musica onde Blackie coloca a prova seu drive inconfundível no refrão. O destaque aqui fica para uma levada um pouco mais cadenciada que o normal para uma música da banda.
Heaven’s Hung in Black – A desesperada balada presente no album “Dominator” (2007) tem uma letra pesadíssima, transmitindo uma sensação de dor a abandono, onde voce parece sentir a dor na voz de Blackie. Uma epopeia de 7 minutos que eu sinceramente não recomendo a pessoas que não estão passando por uma fase tão boa. Menção honrosa para o solo final do guitarrista Doug Blair, que estica o sofrimento para as suas seis cordas.
Golgotha – Blackie entrou de vez no cristianismo. A faixa do album homônimo lançado em 2015 (último de inéditas da banda) traz muitas referências a religião e a fé do vocalista. Para contextualizar, “Gólgota” na Bíblia Cristã é o local onde Jesus foi crucificado. É uma letra extremamente intensa e pessoal, onde há o pedido pelo perdão eterno e salvação. Não julgo religião pois acho isso muito particular, mas a execução dessa música é perfeita.
Running Wild in the Streets – Presente no clássico mor da banda para muitos (“The Last Command”, 1985), traz a banda com a crueza e a revolta do começo de tudo. Em um album recheado de clássicos, normal algumas ficarem mais a sombra. Essa merecia um lugar maior ao sol.
Burn – Sim, a lista vai ser finalizada com um cover, mas é por uma excelente razão. O W.A.S.P. pegou o maior hit da fase Coverdale no Deep Purple, encheu de peso e velocidade, eliminou os teclados e fez uma versão simplesmente matadora. Voz potente, bateria parecendo uma metralhadora e o riff já conhecido carregado de um peso que a versão original não tem. Fora a voz do Blackie que faz estrago. Tambem está no album “Babylon” (2009)
Bônus – Still Not Black Enough: O Bonus hoje não vai para músicas, mas para um album inteiro. Após o sucesso de “Crimson Idol” (1992), a banda lançou “Still Not Black Enough” (1995). Na época, Blackie queria lançar esse album como um solo seu, e não um album do W.A.S.P., mas acabou mudando de ideia. É considerado o sucessor natural do “Crimson” pela semelhança em vários momentos, mas enquanto o primeiro era uma album conceitual envolvido em uma história fictícia, o seguinte é carregado de sentimentos reais do vocalista, que escreve a respeito de momentos complicados da sua vida, que vão desde problemas após a tour de 92 até a morte de sua mãe. Um album intenso, pesado e muito sentimental. O album conta ainda com covers matadores de Queen (Tie Your Mother Down) e AC/CD (Whole Lotta Rosie)
Infelizmente não tem nas plataformas digitais, então deixo o link abaixo para conferirem no YouTube:
E você? O que achou da lista? Qual a proxima banda que voce quer ver aqui? Conta tudo pra gente nos comentários!!!!