O legado de Chuck Schuldiner, criador e líder da banda Death, permanece vivo e influente no universo do metal extremo. Sua genialidade como guitarrista, vocalista e compositor estabeleceu novos padrões para o death metal, e sua obra ainda é reverenciada por fãs em todo o mundo. Apesar de sua morte em 13 de dezembro de 2001, vítimas de complicações decorrentes de um câncer cerebral, Schuldiner continua sendo uma figura central na música extrema.
O álbum Leprosy, lançado em 1988, é o segundo trabalho de estúdio da banda Death e um marco no death metal. Produzido por Dan Johnson, o disco solidificou o gênero com sua combinação de riffs técnicos, letras sombrias e a evolução musical de Chuck Schuldiner. Faixas como “Pull the Plug” e “Left to Die” se tornaram clássicos, representando a brutalidade e a criatividade que definem a obra da banda.
Entre os fãs brasileiros de música extrema, uma das maiores frustrações é o fato de o Death jamais ter pisado em solo nacional. Apesar disso, projetos como Death to All, Left to Die e Living Monstrosity têm mantido a chama da banda acesa, com cada um tocando uma fase diferente do grupo. O Left to Die, formado pelos ex-integrantes do Death Rick Rozz (guitarra) e Terry Butler (baixo), além de Matt Harvey (vocal e guitarra) e Gus Rios (bateria), finalmente estreou no Brasil neste mês de janeiro, com a turnê “Scream Bloody Leprosy Over Latin America”.
No Fabrique Club, os fãs foram presenteados com um setlist que celebrou os álbuns Scream Bloody Gore e Leprosy, este tocado na íntegra. Desde a introdução com um trecho da instrumental “E5150”, do Black Sabbath, até a execução de clássicos como “Left to Die”, “Pull the Plug” e “Evil Dead”, o público vivenciou momentos de pura emoção e nostalgia. A performance enérgica da banda, especialmente a semelhança vocal de Matt Harvey com Schuldiner, emocionou os presentes.
O show terminou com uma surpresa: a execução de “Scream Bloody Gore”, tocada apenas na apresentação de São Paulo. Após o bis, os músicos atenderam os fãs, encerrando a noite com simpatia e gratidão.
O Left to Die trouxe ao público brasileiro uma experiência que, embora não substitua o Death original, honra de forma respeitosa e fiel a memória de Chuck Schuldiner e sua contribuição imortal ao death metal.
Obrigado a parceria entre a Open the Road e a produtora Estética Torta que trouxe a banda para apresentações em várias cidades do país, nos proporcionando um brutal começo do ano.
SETLIST DO SHOW:
TODAS AS FOTOS CEDIDAS POR CARLOS PUPO, FOTÓGRAFO e EDITOR DO HEADBANGERS NEWS