Em live realizada no dia 30/10, o canal do YouTube HEAVY CULTURE bateu um papo com Craig Locicero, guitarrista do Dress the Dead e dos ícones do Thrash Metal Forbidden, uma das referências da Bay Area. Formada sob o nome Forbidden Evil em 1985, foi somente após uma série de demos que em 1987 adotaria o nome atual, iniciando assim uma carreira cheia de altos e baixos, mas que em seu decorrer foi responsável pelo lançamento de clássicos como “Forbidden Evil” (1988) e “Twisted into Form” (1990). O guitarrista Craig Locicero esteve presente em todas as fases, e nesta conversa com o staff do HEAVY CULTURE pôde contar um pouco mais dessa trajetória. Um dos álbuns menos cotados em sua discografia é “Distortion”, coincidentemente lançado no mesmo dia em que a live foi realizada, mas há 27 anos, em 1994. Locicero contou que aqueles anos eram difíceis para o Metal, descrevendo um pouco do sentimento daquela época: “Eu coloquei muitos dos meus sentimentos lá, e liricamente, muitas das coisas que eu estava passando. Mas uma vez que o álbum foi lançado, ele recebeu ótimas críticas, foi muito bem na Europa. Fizemos uma turnê com o Testament, com o Malevolent Creation, mas ninguém estava lutando, nem mesmo o Testament. Éramos apenas outra banda que estava tentando lutar pelo nosso caminho por aquele período de tempo”.
Outro assunto importante abordado na live está o lançamento do álbum “Green”, em 1997, o mais polêmico em sua curta discografia. Seguindo uma linha mais moderna, produto de seu tempo, é tido como o registro menos preferido dos fãs, embora tenha angariado uma série de admiradores, dentre eles, integrantes de bandas que ficariam famosas. Na live, Locicero contou detalhes e deu sua opinião sobre o disco: “Estávamos com muita raiva naquele período, estávamos prontos para detonar tudo. Steve Jacobs, nosso baterista que estava conosco no “Distortion”, estava escrevendo muito comigo, e escrevemos algumas das músicas em turnê com o Testament, como “Face Down Heroes”. Acho que foi uma resposta brilhante à mudança da indústria da música, e decidimos chamá-lo, por falta de um termo melhor, de nosso álbum do homem das cavernas. Olhando para trás, agora eu posso ver porque algumas pessoas estão tipo, “bem, não é a mesma coisa complexa” (em relação aos álbuns anteriores), mas foi realmente difícil, há um monte de músicas difíceis para tocar naquele álbum, mas foi apenas uma abordagem diferente, foi mais raivoso, mais tribal… Foi apenas nossa resposta a tudo o que estava acontecendo e estou muito orgulhoso disso, e a última coisa que direi é que o álbum estava alguns anos à frente de seu tempo, porque bandas maiores aparecerem e disseram o quão grande é a influência do “Green”, especificamente bandas como Slipknot e Lamb of God e Shadows Fall, e para muitas dessas bandas “Green” foi como uma grande influência em seus primeiros álbuns, e eu descobri isso muitos anos depois”.
O bate-papo com Craig Locicero ainda trouxe suas opções sobre outras fases da carreira do Forbidden, desde sua formação, até os tempos mais recentes. Dentre seus projetos atuais, contou detalhes sobre o Dress the Dead e falou sobre a situação do vocalista do Forbidden, Russ Anderson¸ que estava passando por sérios problemas com o alcoolismo, mas revelou que no momento ele está bem e que mudou seu estilo de vida. Atualmente o Forbidden encontra-se num hiato e não há previsões de retorno.
Para conferir estes e outros assuntos, acesse:
Confira a agenda de dezembro:
14/12 – 15h – Andy Whale – baterista do Darkened, ex-Bolt Thrower
18/12 – 14h – Dave Ingram – vocalista do Benediction
22/12 – 19h – John McEntee – guitarrista/vocalista do Incantation
Créditos da foto: Alex Souca
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