Minha experiencia no primeiro dia do Maranhão Open Air 2022. Um relato sincero de um headbanger que foi ao MOA

Por Chrysthian Silva

No dia 12 e 13 de novembro ocorreu em São Luís do Maranhão, o Maranhão Open Air 2022, sigla que é lembrada pelo público do metal como um dos grandes fracassos como festival e metal no país, com diversas atrações canceladas e uma estrutura precária ao que se propunha. O MOA então ressurge em 2022, O idealizador Natanael Jr. prometeu uma experiência que colocaria uma pá de areia sobre o que aconteceu no passado.

Dois dias antes do começo do festival apareceram as 4 situações de cancelamento, dentre elas estava da banda Vazio que era aguardada por grande parte do público do Moa. Esse cancelamento em específico abalou bastante a segurança do público no evento, mas confirmado o seguimento do evento grande parte ainda estava sendo movida pelos nomes de destaque da noite como Mayhem, Doyle, Edu Falaschi. A produção no dia 12 fez uma mudança de horário, colocando a banda Cérebro de Galinha que abriria o evento pra tocar por volta das 16 horas (não sei com exatidão, nas primeiras divulgações do evento seria 12:00). Nessa edição pode ser levantado bastante pontos positivos como por exemplo, na questão da segurança, diferente do moa de 2012, até agora não há relatos de furtos ou roubos, o local era fechado, havia revista na entrada e equipes de segurança dentro do hotel, ao entrar a estrutura do local era exemplar, não havia fios de energia expostos ou coisas do tipo como foram relatados no Moa de 2012, a promessa da piscina liberada para todos foi cumprida, vale destacar que a piscina ficava a uma distância considerável do palco, não tendo nenhum risco para quem queria curtir os shows de lá.

Quanto a mudança de horário não afetou a logística do evento visto que algumas bandas não iriam mais tocar, pra suprir o tempo algumas bandas locais no início chamaram algumas participações também de artistas locais. A dinâmica de troca dos dois palcos funcionou muito bem, a área pessoalmente é bem maior do que parece, a estrutura dos palcos não era nada mirabolante, mas o suficiente para atender todas as 17 bandas que tocaram nos dois dias, sendo as do primeiro: Cérebro de Galinha, Alchimist, Crypta, Basttardz, Desalmado, Mutilator, Doyle, Edu Falaschi e Mayhem.

Na minha opinião, entre os destaques da noite estava a banda Crypta, que entrou no palco por volta das 18:00. O som estava impecável, a bateria da Luciana estava matadora, e o público nesse show estava totalmente envolvido, cantando todas as músicas e subindo o coro em From the Ashes. O show do Edu Falaschi também ocorreu de forma normal. Ele cantou clássicos do álbum Rebirth, até Pegasus Fantasy, a capella. Outra grande atração da noite foi o thrash oldschool do Mutilator, levando um som totalmente agressivo e rápido.

O Moa foi em peso prestigiar e fechando a noite teve o Mayhem, fazendo uma entrega absurda, o público veio abaixo quando tocou clássicos como Freezing Moon e Deathcrush. Apenas um caso chamou a atenção de todos, durante as primeiras músicas do Mayhem um indivíduo que estava perto da grade na plateia começou a desferir cortes em si mesmo, que pareciam ser feitos com garrafa quebrada, mas a produção agiu rápido e retirou o indivíduo que estava visivelmente alterado do local. Isso não alterou o show de nenhuma forma, no demais o Mayhem fechou a noite do primeiro dia com chave de ouro e muito metal negro.

Agora, alguns pontos negativos que presenciei no evento: primeiro, logicamente, o cancelamento das respectivas bandas do dia 12: Satan (passaporte vencido), Vazio (Responsabilidade do Moa), Azul Limão (Responsabilidade do Moa) e Omen (Responsabilidade do Moa); a escassez de banheiros, havia somente 3 banheiros públicos para todo o evento, dois perto do palco principal e 1 ao lado onde tocaram as primeiras bandas, além de uma dificuldade para comprar bebida, ocasionando filas desnecessárias enquanto a galera poderia estar curtindo o show.

Essas foram as minhas impressões do primeiro dia do Moa. No geral foi uma experiencia positiva. Não tivemos problemas com estrutura de palco, nem com o local. As bandas tocaram e o público cantou junto. Havia área para compra de comida, e tenho certeza que pelo menos 95% do público que foi no primeiro dia saiu feliz do evento. Houveram alguns imprevistos que afetaram, mas não invalidou o ressurgimento do Moa em 2022.