Oi, tudo bem? Segundo texto composto pela nossa maravilhosa colaboradora Cammy Marino, agora sobre o primeiro dia de Bangers Open Air, um dos maiores festivais de Metal da América Latina, que se realiza anualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo, agora vamos conhecer e ver o que a nossa enviada curtiu muito no Fest, que já tem ingresso para 2026 à venda, saibam mais sobre aqui.

BURNING WITCHES – ICE STAGE

Não sei se é coincidência ou se a equipe responsável por montar o line up fez isso de propósito, mas temos aqui mais uma banda que abre os trabalhos e chega levantando os presentes.

Laura agita o pessoal, clique do Rogério Von Kruger

As suíças já chegaram massacrando juntamente com o sol, com Unleashed the Beast, do último álbum, daí para a frente foi só destruição, porrada atrás de porrada com várias músicas do magnifico “Dance With the Devil”, onde víamos banda e publico totalmente empolgados e apesar do set curto e do horário que não ajuda muito, deram seu nome mais uma vez. E falo mais, com um show mais poderoso ainda do que o da turnê de 2022.

E respondo aqui a vocalista Laura, que queria saber dos presentes se deveria voltar em breve e a resposta é SIM! E merecem um set e horário melhores!

VIPER – SUN STAGE

Viper arrasando nos lentes do Arthur Waismann.

Já sabíamos que esse show do Viper seria recheado de emoções e saudades. Pois além da perda do Maestro André Matos, ano passado perdemos tambem o querido Pit Passarell, para um câncer de Pâncreas. Em pensar que a última vez que o vi foi justamente na nesse festival, depois de anos sem nos encontrar… nunca sabemos quando será a última vez…

Mas esse show foi uma grande celebração a vida dessas lendas do metal nacional, inclusive tendo várias músicas do Evolution, disco esse que Pit assumiu os vocais e quem viveu a era MTV sabe que marcou uma epoca com uma pegada totalmente diferente da era André Matos.

Encerrando com “Living for the Night” e Guilherme entrando com uma bandeira com a foto de Pit, emocionando a banda e todos os presentes. Só tenho uma coisa a dizer: Longa vida ao Viper!

H.E.A.T. – HOT STAGE

Mike Lechrenco do Heat entregando tudo, por Rapha Garcia

Devido ao sucesso absurdo que foi o show dos suecos na outra edição do festival, o público pediu e teve repeteco sim!

A parte ruim é que eles novamente tocaram embaixo de um show escaldante e em um horário cedo (acho que devido ao sucesso do show anterior poderiam ter tocado um pouco mais tarde), mas mesmo assim entregaram um show cheio de energia, mesmo em alguns momentos víamos nitidamente que eles, principalmente o vocalista não estava se sentindo bem, chegando a deitar no chão para se recuperar enquanto falava com o publico ( o que me deixou bem preocupada se até para mim, que sou do Rio, estava insuportável.

Tivemos o prazer de já ter algumas músicas do recém-lançado “Welcome to the Future” mas como sempre o ponto alto, até porque sou suspeita para falar, é “Living on the Run”.

Arrebatando cada vez mais fãs, tenho certeza de que o H.E.A.T. vai virar figurinha carimbada aqui no Brasil.

MUNICIPAL WASTE – ICE STAGE

Municipal Waste arrasando o festival, clique do Wel Penilha

Se você procurava diversão nua e crua, acabou de achar! Os caras do Municipal Waste sempre entregam tudo quando falamos de thrash metal / crossover e lógico que no Brasil não seria diferente.

Passando por todos os álbuns da banda com muita energia, podem entrar para o Guiness quando se fala em quantidade de músicas, acho que só não supera o Ramones, sendo que o melhor ainda estava por vir. O público levantou o Jesus Cristo do mosh, que aliás eu conheço, o @yeager, que veio para abençoar o role, arrancando gargalhadas do vocalista.

Como se não bastasse, ele pediu ao publico que em sua proxima passagem pelo Brasil, quer tocar no boteco mais vagabundo que tiver! Por mim, o seu pedido é uma ordem!

Definitivamente o show mais divertido do festival inteiro!

SONATA ARCTICA – HOT STAGE

Sonata Arctica no palco, clique do Diego Padilha

Agora era chegada a hora do metal espadinha reinar com seu poderoso Power Metal (que aliás nossos amigos finlandeses deveriam ter tocado no Ice Stage para dar nome a procedência deles).

Com um álbum recém-saído do forno, iniciaram os trabalhos com músicas do mesmo para depois abrir caminho para os clássicos que eram mega esperados pelos fãs da banda. Aí foi o mundo se acabando, começando com “San Sebastian”. E para surpresa de todos, a banda pediu para tirar a clássica foto do final no meio do show, sendo o vocalista para que todos possam guardar aquele momento memorável.

E para a surpresa de todos, a próxima era nada mais nada menos que “Replica”, que já não fazia parte do set list a um tempo. Lógico que Fullmoon, o clássico dos clássicos do Sonata não podia ficar de fora, levando o público a loucura.

Banda feliz, publico feliz e um show memorável para a galeria do Bangers.

Kamelot entregando tudo por Rogério Von Kruger.

KAMELOT – ICE STAGE

Esse seria o primeiro de dois shows que a banda faria no festival, uma vez que ela foi escalada no último segundo para fazer um show tambem no domingo devido a cancelamentos no último segundo, mas como o Kamelot é aquela banda que é “ame ou odeie” (e eu sou o pessoal que ama), estava ali pronta para ver o show cheio de nuances que eles sempre entregam.

O ponto alto do show não foi uma música em si, apesar de vários clássicos terem sido executados, mas sim Melissa Bonne, que além de brincar com a voz, tem uma presença de palco marcante e hipnotizante, me deixando de boca aberta inúmeras vezes.

No solo de bateria tivemos uma brincadeirinha do baterista com a clássica Tom Sawyer do Rush (quem nunca?)

Mas a música que tocou o coração dos fãs e o meu, logico, foi Karma! Sigo Ansiosa pelo show de amanhã.

SAXON – HOT STAGE

A lenda Biff Byford por Rapha Garcia

Se pudesse resumir o show do Saxon, seria assim: Aula de Heavy Metal. E nem precisam se esforçar muito, com tantos discos e clássicos nas costas, não existe um ser humano nesse planeta que não conheça pelo menos uma música dos caras.

Com a maioria dos integrantes sendo da galera dos 70+, a energia e a performance deles e de dar inveja a qualquer novinho. A voz de Biff então nem se fala, segue intocada.

Com um set list lotado de clássicos, podemos destacar Motorcycle Man, Heavy Metal Thunder, And the Bands Played On, tivemos vários momentos de pura simpatia, como Biff vestindo uma jaqueta que um fã jogou ao palco e também o publico entoando o famoso Ole Ole Ole Ole Saxonnnnnn Saxonnnn, colocando um enorme sorriso em cada um dos integrantes.

E para a alegria dessa que vos escreve, encerram com a minha música preferida da banda, Princess of The Night! Mais satisfatório, impossível!

POWERWOLF – ICE STAGE

Me lembro nitidamente quando conheci essa banda. Estava eu no Wacken de 2012 (diga – se de passagem meu primeiro Wacken), eu estava com uns amigos conversando quando esse monstro entrou no palco e eu parei tudo que estava fazendo. Paixão à primeira vista!

E aqui no Brasil não poderia ser diferente, muito pelo contrário, foi mil vezes mais impactante, porque além do som poderoso, temos alguns anos de experiência nas costas e toda uma produção grandiosa por trás e a  pedrada já começa com Bless´em with the Blade seguida por bombas como Armata Strigoi e Army of The Night.

Mas tambem não podiam faltar as primeiras músicas que me fizeram me apaixonar pela banda em 2012 como Sanctified with Dynamite e We drink your blood!

Definitivamente uma banda que tem o pacote completo: música + espetáculo! Quem não conhece, passa no mínimo a admirar.

PowerWolf dando aula, foto por Rapha Garcia.

SABATON – HOT STAGE

Outra banda que eu tive o prazer de conhecer em terras germânicas e tive o prazer de ver vários shows. Com a responsabilidade de ser o headliner do segundo dia de festival, o show deles prometia muito! E eles não podiam deixar de entregar o que o público ansioso esperava.

Sabaton no palco, foto por Diego Padilha

E assim o fez entrando igual a um tanque de guerra com The Ghost Division, Last Stand e Red Baron levando nossos “Smoking Snakes” a loucura e com uma aula de história muito pautadas principalmente na Primeira Guerra Mundial, o Sabaton mostrou porque é um dos grandes nomes do gênero e vem fortalecendo cada vez mais o seu nome no cenário mundial!

Mas nem tudo é sobre contar a história, mas sim fazer história com momentos inusitados, como foi Joakim com a sua guitarrinha rosa, levando uns riffzinhos de Master of Puppets.

E para encerrar essa aula majestosa, nada como clássicos como Smoking Snakes e Primo Victoria, encerrando de maneira grandiosa mais um dia de festival.

TEXTO POR CAMMY MARINO
TODAS AS FOTOS ABAIXOS SÃO AS OFICIAIS DO EVENTO, FEITAS PELA BELA EQUIPE DO MARCOS HERMES ARTS