O supergrupo liderado por Philip H. Anselmo, e que conta com Derek Engemann (guitarra, backing vocals), John Jarvis (baixo, backing vocals), Mark Kloeppel (guitarra, backing vocals) e Adam Jarvis (bateria), finalmente lançou seu aguardado debut: Gold.
O disco é excelente. Traz pitadas de Black e Death Metal em todas as suas faixas — até mesmo nos interlúdios, como “Ornaments” e “Contaminated”, percebe-se que tudo foi pensado para manter um clima soturno, violento e opressor. E convenhamos: com esse time, não tinha como sair algo diferente. Todos os membros vêm de bandas como Agoraphobic Nosebleed, Misery Index e Lock Up. Esperar algo “leve” ou fora do extremismo é simplesmente não entender a proposta.
Mas… algo me incomodou aqui. Mesmo com o trabalho primoroso da banda, não consigo ignorar que o Scour ainda soa como uma amálgama das bandas das quais seus membros já fazem parte. As músicas são boas — todas elas —, mas sempre que escuto o disco, sinto uma certa falta de personalidade. Falta aquele “quê” que torna a banda única. O som, por vezes, parece sempre remeter a outra coisa, nunca ao próprio Scour. É como se o encontro desses gigantes ainda não tivesse gerado algo que seja só deles.
Entendam: isso não desmerece o disco de forma alguma. Se você está atrás de um álbum de Black/Death Metal bem executado, direto e brutal, Gold entrega tudo isso com folga. Só acho que ainda falta ao Scour encontrar a cara da banda — algo que os faça soar como “o Scour”, e não como o reflexo de outras formações.
Ah, e um destaque necessário: Adam Jarvis está simplesmente insano na bateria. Sua intensidade é absurda, e só o nome dele no line-up já vale a audição.
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NOTA: 4 / 5