2023 foi um ano de destruição, de reexistir, de morrer pra, quem sabe, nascer novamente algum dia. 2024 chega como o começo de uma reconstrução, de perfurar o chão, cavar, encher de pedras o alicerce de alguma coisa. Não se vê ainda uma casa, um prédio, um galpão, não se vê nada. Só tapumes. Mas tem gente trabalhando lá dentro. Tem gente trabalhando lá dentro. Eu juro que tem.

Em 2024, um ano tão complexo, tão rápido (ontem era fevereiro), tão lento (ainda estamos em outubro), não se ouviu muita música também. Pelo menos não tanto quanto gostaríamos. E assistimos o lançamento de centenas, talvez milhares de álbuns. Pelo menos dois por dia enviados para nossa apreciação pelas gravadoras nas plataformas exclusivas às que temos acesso, além de uns 40 por semana às sextas-feiras. Precisaríamos de uma década pra ouvir tudo o que se lançou de bom neste ano. E de outra para os mais ou menos ou coisas ruins. Digo, outras pra esses últimos.

Enfim, 2024 está terminando. Em 2025 essa minha alma será um esqueleto de edifício. Sei que ainda sem azulejos, sei que ainda sem que alguém possa morar em mim e me chamar de casa. E esta é a minha lista injusta de recomendações entre o que ouvi nesse ano de alicerces. A ordem? A ordem é a que você quiser. Que 2025 seja pra você também um ano de edificação, caro leitor.

Absolute Elsewhere, Blood Incantation
Invincible Shield, Judas Priest
The Last Will and Testament, Opeth
The Mandrake Project, Bruce Dickinson

The Underworld Awaits Us All

Nile, The Underworld Awaits Us All

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The White Buffalo – A freight train through the night

The Troops Of Doom announce new album "A Mass To The Grotesque" - Chaoszine

The Troops of Doom,  A Mass to the Grotesque

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Vazio – Necrocosmos

Album Review: Marty Friedman - Drama (2024, Frontiers Music) : r ...

Marty Friedman, Drama

‎Songs Of A Lost World - Album by The Cure - Apple Music

The Cure – Songs Of A Lost World

Vamos limitar aos 10, os 10 que os pedreiros mais ouviram, os 10 que os serventes mais curtiram, mas tem muito mais coisa boa que merece pelo menos uma menção. Cá estão alguns deles. Como a vida é injusta e eu sou também, como a vida é esquecida e eu sou também, claro que vou esquecer vários. Alguns são um fenômeno (a volta de uma banda que todos julgavam morta como seu vocalista mais carismático, álbuns novos de músicos que em álbuns antigos me fizeram chorar, etc), mas não tive oportunidade de dar-lhes a atenção merecida. Enfim, é o que é.

  • Linkin Park – From Zero
  • Fleshgod Apocalypse – Opera
  • David Gilmour – Luck And Strange
  • Pearl Jam – Dark Matter
  • Papangu – Lampião Rei
  • Saxon – Hell, Fire and Damnation
  • Nightwish – Yesterwynde
  • Black Pantera – Perpétuo
  • Borknagar – Fall
  • Kiko Loureiro – Theory Of Mind
  • Kerry King – From Hell I Rise
  • João Gordo – Brutal Brega: MPB Mode

Feliz 2025, e 26 também.