Pela segunda vez fomos credenciados para cobrir esse que é o mais festival de música da América Latina e no dia no qual o Rock/Metal Underground brilhou dentro do festival mais badalado do Brasil, o Rock In Rio. Independente do que possa ter rolado, vale a reflexão no qual foi feita por mim, na Cobertura ao vivo dos nosso companheiros do Rock On Board e não somente por mim, mas por todos os participantes: mesmo que reclamemos das repetições em passadas edições, os nomes de maior força do nosso cenário fez falta e só provou que o público Nacional ainda não aceita muito bem nomes mais novos como headliners de um evento dessa magnitude, mas assim aconteceu. A Cobertura Ao Vivo da Sala de Imprensa do Rock On Board é um clássico e esse ano o Headbangers Brasil se fez presente, vejam abaixo:
Bem, introdução feita, eu (Augusto Hunter) e Ian Dias fomos para a Cidade do Rock e tínhamos um foco, dar o máximo de tempo para o Espaço Supernova, que recebeu nomes de peso em nosso cenário, como The Mönic e Eskrota, Black Pantera, Crypta e Dead Fish, sem contar com os outros palcos, no Palco Sunset tivemos diversos nomes de peso, como o Incubus, Planet Hemp e Pitty, Barão Vermelho, mas iremos trazer o Deep Purple. A maior vitrine musical da América Latina, mais conhecida como Palco Mundo recebeu na abertura o Paralamas do Sucesso e ainda teve o Journey, Evanescence e fechando a noite o Avenged Sevenfold, então vamos lá.
Chegando na Cidade do Rock, fizemos as coisas e fomos direto pro Espaço Supernova, aonde conseguimos fazer tanta coisa e ficamos feliz que a disposição da Cidade toda em si mudou, colocando o Supernova em um espaço maior, conseguindo abrigar também um público muito maior e lá tivemos essas bandas no qual citamos acima, então fomos surpreendidos de cara com o show da The Mönic convida Eskrota no espaço, começando o evento com duas bandas incrívels, o The Mönic com o seu Hardcore/Punk super engajado e feminista aqueceu a galera, mas quando a Eskrota tomou o palco o “caos” foi instaurado no público e o show da banda foi algo inacreditável de bom, todos em palco foram muito fortes, vejam abaixo o momento no qual o show da Eskrota começou.
Depois desse início apoteótico do Espaço Supernova, veríamos o retorno do nome que mais cresce atualmente no Brasil e o Black Pantera não fez por menos, eles retornaram ao Rock In Rio, dessa vez com o disco novo Perpétuo (resenha aqui) e em seu tempo em palco, eles fizeram, pra mim, uma das melhores apresentações do evento, mostrando não somente como eles estão fortes, mas também, emocionando a todos, já que, ao tocarem Tradução, música composta por Chaene da Gama (baixo/vocal) a produção do Espaço Supernova coloca em palco Dona Guiomar, mãe dos irmãos Da Gama em palco, momento mais do que lindo!!
Ao final do show do Black Pantera, caminhamos, andamos pela Cidade do Rock, conhecendo e vimos que no Highway Stage estava tendo o show do Terra Celta, particularmente não é do meu gosto, mas o nosso “mago dos cliques”, Ian Dias, ficou com os olhinhos brilhando tanto que fomos conferir e não nego, a competência da banda em apresentar um som com uma base fortíssima de Folk é inegável e o pouco tempo no qual estivemos ali, vimos o público presente se divertindo muito, cantando as músicas, ou seja, valeu a pena. Em passagem para recuperarmos as energias, tivemos um vislumbre e eu parei um pouco no Palco Mundo, pois o Journey ali estava e mesmo eu gostando de diversas músicas, não me cativou em nada ao vivo e sim, eu fui um dos que sentiu a voz de Arnel Pineda não estava indo bem, como muitos já citaram, foi uma pena, mesmo tendo tocado grandes clássicos, não me comprou e sim, quero ver se consigo rever a banda ao vivo, mas muitos elegem o Journey o pior show do festival (leiam mais no G1). Não concordo com isso, mas realmente não foi nada legal.
Depois de um descanso, voltamos para o Espaço Supernova, pois as meninas mais Death Metal do país retornariam para o Rock in Rio, pois a Crypta voltava ao evento, mas dessa vez, com um peso ainda maior e com seu nome consolidado. Diversas pessoas no qual conversamos queriam vê-las lá e como sempre as meninas arrasaram em palco, mostrando a força do som pesado Nacional. Divulgando Shades Of Sorrow (resenha aqui), a Crypta mostra o porquê é uma das grandes forças do Metal Extremo Brasileiro!!
Agora era hora dos velhinhos, os vovôzinhos do Deep Purple iria, depois de tantos anos com uma carreira inegavelmente incrível, seria a primeira vez deles no Rock In Rio e mesmo tendo começado mal, a banda voou e fez um showzaço finalizando o Palco Sunset no dia, entregando clássicos como Highway Star, Space Truckin´, When a Blind Man Cries, Smoke on the Water, a banda fez a alegria e o delírio de muitos ali presentes, eu vi pouca coisa do show, não nego que nessa hora o cansaço começava a bater. E se vocês estão estranhando eu não falar do Incubus, nem paramos para ver o show da banda. A partir de agora, viveremos no Palco Mundo, pois vinha aí o Evanescence e não tem como negar uma parada, eles fizeram uma apresentação simplesmente impressionante, Amy Lee cantando demais, o baterista da banda, Will Hunt deu um show a parte, tocando com peso e precisão, eu que falo que não gosto muito da banda, tenho que dar o braço a torcer e falar sim, foi um baita showzaço.
Depois do show de pirotecnia mostrando um vídeo em homenagem aos 40 Anos do Rock In Rio, começou a introdução de Game Over, faixa que inicia Life Is But a Dream e começou o show, que foi simplesmente maravilhoso, mesclando músicas do novo disco a clássicos, como Hail To The King, Nightmare, The Stage, A Little Piece Of Heaven, o Avenged Sevenfold retornou ao Rock In Rio 11 anos depois, quando em 2013 eles vieram sendo “Opening Act” pro Iron Maiden e serei sincero, eu não consegui ficar para ver o show e esse ano os caras se redimiram, entregando um show com pirotecnia, boa música, peso e uma presença de palco incrível, além da simpatia do vocalista M. Shadows. Com certeza a banda se redime, pelo menos para mim, pra quem é fã, teve uma experiência maravilhosa e tenho certeza que eles saíram com novos fãs daquela noite maravilhosa, que foi a única noite voltado pro som pesado nesse ano.
Eu vou parafrasear o querido Marcos Bragatto, “aquele que vem de longe”, Editor Chefe do Rock Em Geral que é uma “vergonha” não ter tido propriamente um “Dia do Metal“, mas esse dia voltado pras “camisas pretas” aconteceu e, mesmo tendo nossas considerações, o dia foi maravilhoso e o evento, como sempre, entregou a sua grandiosidade. Agradecemos ao pessoal que trabalha nesse festival, para acontecer, à Approach Comunicação pelo atendimento e credenciamento para trazer esse texto. Agora, fiquem com as lindas fotos do evento feitas pelo Ian Dias e depois, ainda tem um “Vlogão” no qual gravamos uns encontros e bate papos ao longo do dia.
TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS – @diasphotograph