Uma das bandas mais icônicas do Grindcore finlandês, o ROTTEN SOUND foi formado em 1993 e logo se destacou no cenário extremo underground com o lançamento de diversos EPs até chegar ao debut “Under Pressure”, em 1997. Ao longo de três décadas, a banda construiu uma discografia sólida, culminando em seu oitavo full length, “Apocalypse”, lançado em 2023 e que agora é lançado no Brasil via CIANETO DISCOS em um licenciamento exclusivo e limitado em 300 cópias.
Entretanto, até chegar ao lançamento de “Apocalypse”, a banda enfrentou um hiato de sete anos. De volta ao estúdio e de acordo firmado com a gravadora Season of Mist, o quarteto, formado por Keijo Niinimaa (vocal), Mika Aalto (guitarra) e os “novatos” Sami Latva (bateria) e Matti Raappana (baixo), não poupou esforços neste retorno. O álbum conta com 18 faixas despejadas em apenas 20 minutos de pura intensidade.
A produção do CD ficou suspensa por um período devido a diversos contratempos, com as gravações concluídas ainda em janeiro de 2022, mas o lançamento final foi adiado até que tudo fosse resolvido. Em entrevistas, o vocalista Keijo Niinimaa revelou que a banda não sentiu a pressão de lançar algo rapidamente após “Abuse to Suffer” (2016). Ele explicou para o site Distorted Sound Magazine que a pandemia e questões logísticas retardaram o lançamento, mas isso permitiu que a banda polisse o material e entregasse algo ainda mais brutal e relevante.
O site The Metal Pit destacou que este novo álbum do ROTTEN SOUND “reafirma sua posição no topo do grindcore, despejando músicas extremamente rápidas e agressivas, abordando temas como a exploração humana e as contradições do mundo moderno”. O disco se destaca ainda por fazer uma crítica feroz à sociedade moderna. Faixas como “Pacify” e “Fight Back” capturam a brutalidade sonora da banda, enquanto “Suburban Bliss” e “Renewables” trazem letras que criticam aspectos da vida contemporânea, como o consumismo e a insustentabilidade das energias renováveis. As críticas sociais presentes nas letras são um reflexo do momento caótico em que o mundo se encontra, casando-se perfeitamente com sua sonoridade.
Entre as faixas mais aceleradas, como “Science”, “Patriots” e “Nothingness”, a banda mantém sua essência Grindcore. No entanto, os finlandeses também introduzem elementos de groove em faixas como “Ownership” e a própria faixa-título, mostrando uma diversidade dentro da brutalidade. O álbum não perde intensidade na segunda metade, com destaques como os blast beats de Sami Latva e a troca de vocais entre Niinimaa e Matti Raappana em “Nothingness”.
O The Metal Pit observou ainda que o álbum “atinge como um soco na cara”, enquanto o Distorted Sound Magazine elogiou a intensidade ininterrupta e as performances vocais potentes de Keijo Niinimaa, destacando a faixa-título, afirmando que a música atinge um nível de peso que “faz você sentir como se estivesse ouvindo o verdadeiro fim dos tempos”. Críticas como a do The Metal Pit destacam também sua potência: “Este álbum entrega exatamente o que a maioria dos fãs quer de um disco do Rotten Sound”, ratificando assim a qualidade do trabalho e do que a banda vem apresentando nestes mais de trinta anos.
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