Resenha: Jaded Heart – Stand Your Ground (2020)

“Não há destino ou Deus. Suprima seus medos e lute com honra”

NOTA: 4/5.

Banda de Metal Melódico fundada em meados de 1990 por Michael Müller (baixo), Axel Kruse (bateria), Dirk Bormann (guitarra) e Michael Bormann (vocal). Dirk Bormann deixou a banda após o lançamento do primeiro álbum Inside Out. Os álbuns seguintes, Slaves and Masters e Mystery Eyes, tiveram a participação de vários guitarristas convidados. Alguns dos quais também performaram ao vivo até que um substituto se mostrasse mais adequado para assumir o posto definitivamente. Vale salientar que a banda é formada por músicos de mais de uma nacionalidade (Alemanha / Suécia), por isso a dificuldade de se escolher membros permanentes.

Stand Your Ground é o 14º álbum de estúdio da banda e um autêntico álbum de heavy metal melódico. Os fãs do estilo vão encontrar aqui um disco cheio de músicas energéticas e melódicas. Aliás, aqui temos todos os elementos que fazem a cabeça dos fãs do estilo: riffs pesados, solos de guitarra, seção rítmica moderna, variação e refrões cativantes. Os seguidores mais atentos, provavelmente notarão que esse é o primeiro trabalho sem teclados. A banda optou por um novo escopo e resolveu abandonar o uso de teclado. E o resultado dessa nova abordagem fez uma diferença enorme para a sua música. O som se tornou mais visceral e instigante. E o mais impressionante é o fato de adicionarem mais fúria, sem abrir mão da melodia. Como os caras moram em países diferentes, reunir-se para compor nunca foi uma tarefa fácil, mas desta vez, apesar das dificuldades, conseguiram. Assim, escreveram duas de suas melhores músicas como um verdadeiro time. E o poder da unidade os levou a produzir dois potenciais clássicos: Hero To Zero e Kill Your Masters. Objetivando fazer algo realmente especial, o grupo rompeu com todas as regras de composição auto impostas pelas circunstâncias e desta vez, convidou um letrista externo para desenvolver temas verdadeiramente épicos. É Johnny Lindberg quem assina a maioria das letras, que narram histórias sobre honra, força e poder de elevação.

A banda nunca esteve tão envolvida no processo de produção de um álbum, inclusive, participaram até na concepção da capa. Logicamente, contribuindo com ideias que se entrelaçaram ao conceito da arte de Thomas Ewerhard. Por fim, ao longo dos anos, sofreu várias mudanças de formação, mas atualmente o lineup está estabilizado com Johan Fahlberg (vocal), Peter Östros (guitarra), Masahiro Eto (guitarra), Michael Müller (baixo) e Bodo Stricker (bateria).

> Texto originalmente publicado no blog Esteriltipo.