Noite quente e casa cheia para o Baroness e The Cult
E com um atendimento de público maravilhoso, 8 anos depois de sua última passagem pela “Terra do Samba”, o The Cult retorna e dessa vez com uma abertura de luxo, com os Estadunidenses do Baroness fazendo as honras de ser a banda de abertura dessa noite que por muitos será lembrada com muito carinho, foram duas excelentes e excepcionais apresentações no Vivo Rio, que como sempre conta com uma estrutura ótima e uma qualidade de som única, foi o local e palco perfeito para as apresentações dessa noite de pré-carnaval.
Portões abriram em ponto, como informado, 19h e o Baroness, formado por John Baizley (vocal e guitarra base), Gina Gleason (guitarra solo e vocais), Nick Jost (baixo) e Sebastian Thomson (bateria) tocou no Rio pela primeira vez e a banda, que é comtemporânea do Mastodon e tem um som muito único, fez uma apresentação sólida, a viajante e psicodélica introdução nos deu o que seria a ótima apresentação da banda, mesmo demorando um pouco mais do que o esperando, quando a banda entrou e com o som um pouco embolado no início da apresentação, o Baroness veio muito bem e com muita energia, um setlist bem montado ajudou demais a banda, que tocou diversas canções maravilhosas como March To The Sea, Chroline & Wine, A Horse Called Golgotha entre outras, mas os destaques dessa apresentação é a iluminação do palco, que destacava pelas cores dos discos de cada canção, fazendo a predominância delas e a guitarrista Gina Gleason, que além de ser muito eficaz e precisa em suas notas das cordas de sua guitarra, ela tem uma voz ótima. A “cozinha” da banda é ótima também, entregando tudo e John Baizley também cantou muito bem e fez com que essa apresentação fosse ainda melhor, um belo show de abertura, que teve exatamente uma hora de duração e infelizmente os fez cortar o maior clássico da banda em sua apresentação, Take My Bones Away, mesmo estando programada, não foi executada no Rio de Janeiro, uma pena, mas nada que tire o brilho desse showzaço!!
Com pouco mais de 20 minutos depois do final do show do Baroness, já vemos o palco praticamente pronto para receber o The Cult em palco, mas antes, um roadie passa dando uma bela de uma defumada no palco e também no pessoal da primeira fileira do Vivo Rio, momento esse que eu mesmo não pude deixar de fazer algumas (várias) piadinhas bem bestas, mas foi divertido. Passando esse momento de defumação, o palco escurece um pouco mais e temos Ian Astbury (vocal), Billy Duffy (guitarra) e seus acompanhantes (de luxo), John Tempesta (bateria) e Charlie Jones (baixo) o The Cult entra em palco já arrasando com In The Clouds e Rise, colocando aqueles que conhecem a banda em êxtase, mas somente os mais fãs mesmo, pois o público, mesmo grande, foi extremamente morno (sendo bem benevolente), em toda a apresentação da banda, mostrando um calor maior mais a frente. Vale pontuar que, o show teve um set muito bom e com músicas ótimas, mas o público em si foi bem a quem as músicas que a banda executava, com extrema perfeição no palco, a cozinha formada por Charlie e Tempesta estava perfeita, vale citar que, ok, John Tempesta é um baterista experimentado, mas como ele toca pesado (mesmo sendo um relógio), digamos que é um relógio muito pesado, com pegada, Charlie Jones é outro músico experimentado, tendo tocado com Page & Plant, então nem precisamos falar como Ian & Billy estavam muito bem assessorados na cozinha.
Seguindo o show com outras ótimas composições, a banda detonou com diversas ótimas canções, War (The Process), Revolution, Edie (Ciao Baby), essa no qual o roadie colocou duas cadeiras em palco, Billy Duffy se sentou e tocou, já Ian astbury continuou em pé. E vale citar a energia do vocalista é gigante, sempre de um lado pra outro, com sua pandeirola ou chocalhos em mãos, o vocalista cantou bem, tendo diversas falhas ao longo do set e deixando diversos refrões para o público, Ian mesmo assim, entregou uma boa apresentação, Billy Duffy é super comunicativo com a sua guitarra em mãos e se comunica muito!! Eu vou destacar algo que me deixou triste, lembra que comentei que o público ficou meio morno durante a apresentação??
Então, a galera só veio a aquecer no final da primeira parte do show, quando a banda começa a tocar clássicos como Rain, SpiritWalter e Fire Woman, no retorno do bis, com Brother Wolf, Sister Moon (uma canção incrível ao vivo), aquece de novo com She Sells Sanctuary e Love Removal Machine, assim encerrando uma apresentação ótima. Quero destacar algo que poucos viram e eu fui ver somente depois do show, tínhamos, no lado esquerdo do palco, escondido um “roadie” tocando guitarra e teclado, deixando a apresentação ainda melhor, pois eu mesmo achava que seria um “backtrack” (que esse roadie mesmo poderia estar liberando), mas ele foi visto fazendo uma segunda guitarra (no qual eu ouvi pouco demais) e o teclado. Uma noite com apresentações ótimas de duas bandas muito acima do nível, shows maravilhosos e mesmo com o público não respondendo tão bem às duas apresentações, tivemos apresentações ímpares. Agradecemos muito a Liberation Produções pelo credenciamento e nos permitir entregar essa cobertura a vocês e fica um adendo sobre a playlist com o Set abaixo do The Cult: a banda tocou Lucifer, do disco Choice Of Weapon, que não está disponível no Spotify, então o clipe estará abaixo da playlist.
TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS (@diasphotograph)