Evento contou com shows pesadíssimos de DarkTower, Sangue de Bode e Hellming — e participação especial de Léo Ohanna (Surra)

O último sábado foi daqueles dias mágicos para os Roqueiros Cariocas. Após curtirmos o incrível show do Papangu no lendário Garage Grindhouse (leia sobre aqui), eu e meu fiel escudeiro, Ian Dias, seguimos direto para o Heavy Beer, onde o Desalmado faria o aguardado lançamento de seu novo disco, Monopoly Of Violence. O line-up da noite? Um verdadeiro luxo: DarkTower, Sangue de Bode e Hellming na abertura.

Logo que entramos, o Hellming já estava no palco iniciando sua apresentação. O quarteto mostrou uma qualidade musical altíssima, com um Death Metal enraizado na velha escola, mas com andamentos cadenciados e momentos de velocidade extrema. Os riffs são poderosos, e a banda – ainda nova, com apenas dois singles lançados – já demonstra ter um futuro pesadíssimo pela frente.

Verme do Ralo – Foto por Ian Dias

Na sequência, subiu ao palco o Sangue de Bode, em plena Tour Brasil MMXXV. O show explorou faixas do aclamado disco Eu Sou a Derrota, e mais uma vez, a performance da banda foi memorável. Verme do Ralo, com sua presença de palco única, e seus comparsas, fizeram um show brutal, afiado e carregado de crítica. Músicas como Messias de Merda, Necroprimata e Néo-Túmulo já são clássicos da cena underground nacional. Um show catártico e divertido na medida certa.

DarkTower em Palco – Foto por Ian Dias

Logo depois, o pano branco no fundo do palco indicava a próxima atração: DarkTower. E que saudade de ver esse símbolo no palco! A banda mostrou por que é um dos pilares do Black/Death Metal Nacional, com um set list impecável que incluiu faixas como Obedientia, Eight Spears, …Of Chaos And Ascension e até algumas novidades de um próximo lançamento. Destaque absoluto para God Above Nothing e Destroy The House Of Ha’Shem, que levantaram o público com sua força e precisão.

Léo Ohanna do Surra, na guitarra do Desalmado – Foto por Ian Dias

Enfim, o grande momento da noite chegou: o Desalmado subiu ao palco! Com uma formação especial — já que o guitarrista Marcelo Liam não pôde comparecer —, tivemos a participação de Léo Ohanna (do Surra) nas seis cordas, criando o apelido informal da noite: SurrAlmado. Mesmo com apenas dois ensaios, segundo o baixista Bruno Teixeira, Léo destruiu nas guitarras. O show foi uma avalanche sonora, com músicas do novo disco Monopoly Of Violence e clássicos como Unity e Across The Land. A performance foi carregada de brutalidade, peso e consciência política – marcas registradas da banda. Caio Augusttus, como sempre, foi afiado e direto em seus discursos, reforçando a importância do conteúdo que o Desalmado leva aos palcos.

O disco foi lançado com sucesso e o show foi, sem dúvida, mais um marco para a cena extrema no Rio de Janeiro. Tudo isso com a produção impecável da Tomarock Produções, que mais uma vez fortaleceu a cena e nos permitiu trazer essa cobertura para vocês.

TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS