COMPOSIÇÕES INSPIRADAS, TALENTO E AGRESSIVIDADE”

NOTA: 3,5/5.

A BANDA

Fundada em meados do ano de 1995 na cidade de Fortaleza/BRA, a Flagelo é uma veterana da estrada e tem muita história a ser resgatada. A banda surgiu numa época em que o Metal ainda engatinhava na cidade. Nitidamente influenciada pela escola germânica (Sodom, Destruction e Kreator) a banda também incorpora elementos do metal americano (Exodus, Possessed , Death) e brasileiro (sepultura, sarcófago, Holocausto)  todos em sua eras antigas. A formação que gravou o disco conta com Elineudo Morais (vocal), André Noronha (guitarra), Anderson Nunes (guitarra), Léo Peixe (baixo) e Pedro Lima (bateria).

O ÁLBUM

O disco tem 10 músicas distribuídas em 39 minutos e podemos dizer que o que aqui se houve é um Thrash Metal “old school” baseado no que as escolas acima citadas têm de melhor. Desde a escolha dos timbres, passando pelo vocal à la Mile Petroza (em menor escala) até o baixo virtuoso de Léo, que em muitos momentos remete ao clássico Individual Thought Patterns, do Death. Em igual proporção, também vem à mente outro clássico do passado, Endless Pain, do Kreator. Mas duas coisas, particularmente chamaram minha atenção: o riff da faixa Necrofilia que em muito se assemelha ao de Shadows Of Hate, do Cerberus (extinta banda de Fortaleza) e o fato de a banda cantar em português, coisa que parecia não fazer muito sentido noutras épocas, mas que agora se mostrar funcional, verdadeiro e – porque não dizer – até um diferencial. A despeito de suas influências, é possível ver que a banda tem identidade e consegue imprimir seu estilo em todas as faixas do álbum. Com composições inspiradas, talento e agressividade, os músicos lançaram um grande álbum que parece não ter recebido a merecida atenção de boa parte dos fãs. Por fim, Vale de Horrores é um álbum feito sob medida para adeptos do metal old school, mas deve agrada r aos fãs da música agressiva de um modo geral.

 

O QUE TEM DE BOM?
  1. A produção/gravação é boa;
  2. As composições são matadoras;
  3. A duração do disco está na medida certa.

O QUE PODERIA SER MELHOR?

  1. O disco foi produzido com baixo orçamento e mesmo assim, conseguiram um bom resultado. Imagina o que teriam feito com mais grana.

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