Com apresentação única no feriado de Corpus Christi, banda californiana entrega brutalidade sonora e leva o público ao delírio em noite caótica e inesquecível.
Na noite de quinta-feira (19), São Paulo pôde testemunhar a Burning House tremer ao som do icônico Possessed, que trouxe à capital paulista toda a violência sonora e a intensidade visceral que marcaram sua trajetória no death metal. A apresentação, realizada no feriado de Corpus Christi, marcou o retorno da banda norte-americana ao Brasil em um show único, brutal e histórico.

A noite também contou com a abertura da banda brasileira Throw Me To The Wolves, formada em 2023 por músicos da cena nacional: Diogo Nunes (vocal), Gui Calegari (guitarra), Lucas Oliveira (guitarra), Rodrigo Gagliardi (baixo) e Maycon Avelino (bateria). Confira no nosso Instagram os top 5 discos favoritos dos integrantes da banda, em uma conversa exclusiva com o HeadBangers Brasil.
Pontualmente, o grupo subiu ao palco e apresentou ao público faixas do seu álbum recente, Days of Retribution. Com um vocal poderoso, execução precisa e uma performance energética, o TMttW aqueceu a casa, cativando os presentes mesmo enquanto o público ainda se formava. A entrega da banda deu o tom da noite: intensa, pesada e sem freios.
Quando o Possessed assumiu o palco, o cenário se transformou em um verdadeiro campo de batalha sonora. Com a casa já lotada, rodas de mosh se espalharam, e o público mergulhou em um frenesi coletivo. Gritos, empurrões e pura euforia tomaram conta da pista. A Burning House parecia prestes a desabar a cada riff demolidor e vocal gutural que ecoava pelo espaço.
O vocalista da banda, sempre simpático e carismático Jeff Becerra, não economizou na interação com os fãs. Entre músicas, agradecia emocionado a calorosa recepção brasileira, mantendo um diálogo constante com a plateia e criando um laço que tornava a noite ainda mais especial.
No repertório, não faltaram os grandes hinos que marcaram gerações, como “Pentagram” e “Burning in Hell”, cantado em uníssono pelos fãs. A execução da banda foi precisa e brutal , um verdadeiro banho de sangue sonoro. Era impossível encontrar alguém que não estivesse batendo cabeça ou vibrando com os punhos erguidos.
A apresentação do Possessed foi um lembrete da força que o Death Metal tem de conectar corpos, vozes e emoções em uma só frequência. Para os que estavam ali, foi uma noite inesquecível, para muitos, uma das mais intensas do ano.
TEXTO E FOTOS POR IZABEL SANTA FÉ