O país com mais bandas de Metal por metro quadrado no mundo nos presenteia com o quê? Mais Metal! Mas, desta vez, com um ato moderno, pesado e de muito bom gosto em suas composições e incursões no cenário atual. Estamos falando do disco de estreia da banda Luna Kills, Deathmatch — um lançamento conciso e de qualidade.
Os finlandeses apresentam um trabalho com bastante peso e uma direção clara sobre o que querem mostrar. Com letras que dialogam com o cotidiano global e uma sonoridade única, a banda — que foi uma das finalistas do projeto Come to Latin America (uma iniciativa que uniu o Governo Finlandês e a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo há dois anos) — mostra por que chegou tão longe.
Na formação, temos Lotta Ruutiainen (vocal), Samuli Paasineva (guitarra), Jimi Kinnunen (bateria) e Lassi Peltonen (baixo). Juntos, eles demonstram bom gosto e maturidade ao entregar riffs pesados, uma base rítmica sólida e efeitos eletrônicos escolhidos a dedo. O vocal de Lotta é altamente cativante — com fry screams bem executados e momentos limpos muito bem encaixados.
Contudo, o ponto fraco do disco está na produção: o som, apesar de limpo e profissional, soa muito parecido com o de tantas outras bandas do cenário moderno. Isso, infelizmente, dilui parte da personalidade que o Luna Kills demonstra em composições como “Sugar Rush”, a excelente abertura “Love U”, e também em faixas como “SADIST”, entre outras.
Esse som excessivamente digitalizado — mesmo quando sentimos que há músicos reais por trás dele — às vezes transmite uma sensação de artificialidade. Para quem curte esse tipo de produção moderna mais do que eu, talvez isso não seja um problema. Mas acredito que uma mudança nesse aspecto faria muito bem ao Luna Kills, que tem talento de sobra.
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NOTA: 3,5 / 5

