Rock In Rio é com certeza o maior evento de Música Entretenimento da América Latina, isso não temos nenhuma dúvida, atualmente sediado na Avenida Embaixador Aberlado Bueno, na Barra da Tijuca, o imenso local, que um dia foi usado pela cidade do Rio de Janeiro para as Olimpíadas que a cidade sediou, hoje é uma grande e belíssima Arena, com diversos brinquedos e ativações para todos os gostos, um Espaço Gourmet (veja sobre aqui) e lógico, os palcos, ah os Palcos.

Fãs na entrada do Rock In Rio, sempre uma festa.

Eles que colocam aquele artista a prova, os palcos. O local mágico aonde uma simbiose única acontece entre público e artista, aonde o ser humano se torna, por minutos ou horas, o Super – Herói de muitos, aonde memórias e muita coisa dentro da vida pode ser cravada e nisso, ah meus amigos, o Rock In Rio tem de sobra, no Rock In Rio tem o New Dance Order, voltado pro pessoal que curte Música Eletrônica, o Palco Supernova, que (por definição) recebem novas bandas ao evento, temos a Rock District, o belíssimo Espaço Favela (que homenageia as comunidades Cariocas, levando bandas mais periféricas e undergrounds ao Rock In Rio), a Highway Stage e o Rock Street Mediterrâneo, com atrações geralmente fixas e que sempre divertem os transeuntes da Cidade Do Rock, o que tem e tem muito e eles, os “donos da festa”, o Palco Sunset e o Palco Mundo, os mais disputados e que, como muitos sempre falam, servem de um grande cartaz para qualquer artista que ali pisar.

Bem, depois dessa (não tão) leve introdução, eu vou falar para vocês que o “meu” Dia do Metal, possivelmente foi completamente diferente do meu amigo sócio Daniel Tavares, teve um Dia do Metal completamente diferente do meu, apesar de, termos tido a experiência inacreditável, de após chegar à Cidade do Rock, termos nos sediado um curto tempo na Sala de Imprensa, podemos conferir a belíssima, engajada e muito, mas muito necessária apresentação do Black Pantera, banda Mineira que faz um som enérgico, forte, potente, completamente engajado contra a atual situação no qual esse país vive e eles abriram o Palco Sunset com uma energia fora do comum, com músicas de protesto do, maravilhoso disco Ascensão, como Padrão é o CaralhoFogo nos Fascistas e muitas outras, durante esse show, impossível não destacar o momento no qual o vocalista/guitarrista Charles Gama foi pra galera, literalmente falando!! Um pouco depois disso, justiça foi feita (e essa não foi a única no dia…), mas o Devotos, clássica banda de Punk Rock/Hardcore de Alto José do Pinho, uma comunidade no Recife, capital de Pernambuco, que desde 1988 e nunca tinham tocado nesse evento e com essa junção, tivemos o bom e velho Punk do Devotos, com a modernidade e raiva do Black Pantera, tivemos um show explosivo, com protesto no alto contra o atual “Excrementíssimo” Sr. Presidente em atuação em nosso país, simplesmente incrível.

   

TODAS AS FOTOS DO BLACK PANTERA e DEVOTOS PELO I HATE FLASH.

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/black-pantera/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-bb0ad96.html

Logo depois disso, eu e o meu amigo Daniel Tavares nos separamos e aí que vive a magia do Rock In Rio, cada um teve uma chance de viver um festival completamente diferente, pois dependendo do caminho que cada um levar, vai ver uma atração ou outra e é aí que nossa cobertura no Headbangers Brasil para o dia 02/09/2022 ficará legal, pois aqui, irei lhes passar como foi o “meu” Dia do Metal e o Daniel Tavares irá passar o dele, deixaremos o link de cada cobertura no final delas.

Então vamos lá, depois desse showzaço e de uma recarga rápida de energia, fui ao Palco Supernova, pois uma das bandas mais proeminentes do Metal Extremo Nacional iria se apresentar e estamos falando delas, as meninas muito queridas do Crypta iriam fazer a sua estréia no Rock In RioFernanda Lira (baixo e vocal), Jessica Falchi e Taina Bergasmachi (guitarras) Luana Dametto (bateria), apresentação as músicas do seu aclamadíssimo álbum Echoes Of The Soul e com a maestria e perfeição delas, ter visto a Crypta, pela primeira vez, no Rock In Rio, foi simplesmente especial e único. O mais legal é que, depois do show, as simpaticíssimas meninas nos concedeu uns minutinhos para conversarmos com elas, estava a gente, o Portal Rock Press e a Radio CultFM, quando ficarem online, iremos compartilhar com vocês.

FOTOS POR TAKE A VIEW
EMÍLIO CÉSAR

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/crypta/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-33b0ac79.html

Logo após a Crypta, desci as escadas da área do Supernova, já que o Sepultura abria o Palco Mundo, em um show no qual eu, particularmente estava curioso, já que a, sempre bem recebida banda de Thrash Metal iria se apresentar junto à Orquestra Sinfônica Brasileira e, dentro do que eu imaginava, a banda iria unir suas composições com toques orquestrados, no qual seria interessante demais. Isso aconteceu? Sim, aconteceu, pois tivemos a clássica Roots Bloody Roots, KairosMachine Messiah, se fizeram presente, entre composições clássicas, cito Stravinsky Vivaldi no set, o que não ficou nada legal, eu me desconectei muito do show e o show também não estava “lá essas coisas” (e não será a primeira vez que vocês lerão isso por aqui). O show foi um mix de: “olha que interessante, mas que idéia mal aproveitada”, já que a banda lançou o execelente Quadra, fez um hiper show no Circo Voador (cobertura aqui), particularmente, esperava mais músicas do disco novo, mas tive que me contentar com Agony Of Defeat, que ficou linda e Guardians Of Earth que encerrou o show. Não nego, deixou um gostinho de féu na boca, poderia ter sido tão melhor.

TODAS AS FOTOS DO SEPULTURA/OBS PELO I HATE FLASH.

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/sepultura/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-bb0ad92.html

Bem, aquela recarregada nas energias, pois a correria entre palcos é beeeem grande e no Palco Sunset os veteranos, os gigantes do Living Colour iria subir ao palco e, irei parafrasear o meu querido amigo Marcelo Vieira (conheça o site dele aqui), um setlist escolhido a dedo, parece que cada música no qual essa “entidade” do Hard Rock, composta por Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra), Doug Wimbish (baixo) Will Calhoun (bateria) tocaram clássicos atemporais como Middle Man, Desperate People, essa que foi dedicada à memória de Marielle Franco, a rápida Time´s Up, as novas Wall This Little Pig, maravilhoso, sendo que tinha um problema no som. É, no Living Colour também o som falhou e deixou a guitarra de Vernon Reid baixíssima e pensávamos que isso se consertaria pro final do show, já que ninguém mais, ninguém menos do que Steve Vai sobe ao palco para se unir ao Living Colour. Ah, ledo engano nosso, agora tínhamos DUAS guitarras extremamente baixas oriundas do palco, que bola fora gente, que bola fora e não vou negar, isso tirou e MUITO o brilho de um show que tinha tudo para ser um dos melhores, não foi por conta desse erro no som da banda, tirando isso, como é bom ver o Living Colour ao vivo hein, cara, como eles estão com TUDO.

FOTOS POR TAKE A VIEW
EMÍLIO CÉSAR

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/living-colour/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-1bb0ad90.html

Ainda bem que os Palcos Sunset Mundo são relativamente perto, já que o Gojira estava entrando em palco e meus amigos, agora temos um som de qualidade e meus queridos (as) leitores, UAU!! Joe Duplantier (guitarra/vocal), Mario Duplantier (bateria), Christian Andreu (guitarra) Jean-Michel Labadie (baixo) provaram o porquê tem sido colocado como uma das principais bandas mais novas do mundo, o seu mix, certeiro de Death Metal, Progressivel Metal e Experimentalismo nos entregam músicas como Flying Whales, Backbone, Another World, Silvera e seu refrão lindo (esse refrão me fez perder a voz no final de semana desse dia), entre todas as outras no set, vale lembrar que a banda é uma militante ativa pelo direito dos Indígenas pelo mundo, luta essa que fez Joe Duplantier vir a Brasília e marchar com Índios em Brasília, pelos seus direitos à terra. Pra esse que vos fala, esse foi O MELHOR SHOW DO ROCK IN RIO (curti tanto que nem fotos eu tirei, curti muito e infelizmente no link oficial do evento não temos fotos da banda.)

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/gojira/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-1bb0ad9c.html

Então, vamos que vamos correr de novo para o Palco Sunset, já que os “emos” (não, a banda não é emo, mas fica a zoeira, vai?), mas o Bullet For My Valentine faria o seu “debut” no Rock In Rio, encerrando o Palco Sunset no “Dia do Metal” e eu esperava a muito tempo a ver a banda, composta por Matthew Tuck (vocal e guitarra), Michael Paget (guitarra e backing vocal), Jason Bowld (baterista) e Jamie Mathias (baixo e vocal) se apresentaram com uma energia incrível e eu não vou me alongar muito, o show deles é sensacional, enérgico, com muita e quando eu digo muita, é MUITA pirotecnia e isso amigo, valeu a pena. A banda ganhou a mim e ao público ao anunciar que iria nos levar de volta a 2005 e começaram a tocar músicas do primeiro disco deles, o The Poison, que pra muitos é um dos melhores discos da banda (eu concordo…) e não tem como, tem uma semana que vi o show da banda e até hoje, eu me pego cantarolando o maravilhoso refrão de All The Things I Hate (Revolve Around Me), gente, eles levantaram e muito a Cidade do Rock, um showzaço!!

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/bullet-for-my-valentine/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-13b0ad91.html

Vamos agora ao grande nome daquela noite, o grande Iron Maiden, o maoir nome do Heavy Metal mundial retornaria ao Rock In Rio, dessa vez, logo após lançar Senjutsu, retornaria à sua “segunda casa” (vejamos né, são tantas edições…), com a Legacy Of the Beast Tour. Vamos lá, desde a última edição, a banda, mesmo sendo Headliner do evento, eles preferem tocar antes, sendo a terceira banda daquela noite a se apresentar na “maior vitrine musical da América Latina”. Vamos lá, para todos que eu conheço e não estão inseridos na bolha do heavy Metal, como estamos, eu sempre indico assistir a um show do Iron Maiden. A troca de palco, a gigante produção, Eddie em palco, fogos, chamas e tudo mais, é sempre uma produção maravilhosa e gigante e nisso, não podemos jamais discordar, mas no que me interessa, na música, aí meus queridos e minhas amadas leitoras, aí teremos um ponto de cisão. Em 2019 eu já tinha achado o show da “donzela” chato, esse ano então, poutz!! Eu entendo que, por conta da idade já avançada da banda, o andamento das músicas caiu, reconheço que Bruce Dickinson passou por tudo o que passou e ainda canta em alto nível, mas não tenho como mais com a banda que, mesmo com uma quantidade gigante de músicas, algumas nunca visitadas ao vivo, porquê me manter o mesmo setlist????? É uma repetição de, sim, boas canções, mas que você já sabe, EXATAMENTE, o que e como vai acontecer, chato demais. Sobre o som, nossa, só consegui ouvir alguma coisa da banda, estando mais para trás, à partir de Sign Of The Cross e mesmo assim, ao tocarem Fear Of The Dark, o pouco de conexão minha com a apresentação, se foi junto com o úlitmo vestígio de empolgação em rever, pela décima vez, a Donzela. Pra mim e pra mim somente, foi um show completamente esquecível, o que é uma pena.

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/iron-maiden/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-13b0ad9d.html

Bem, mais uma pausa e começa a se aproximar do final do Dia do Metal e depois de recarregar mais um pouco a bateria, ora de assistir um dos maiores nomes do Progressive Metal no mundo, já que o Dream Theater iria se apresentar, pela primeira vez, no Rock In Rio, com a impossível missão de manter o público massivo do Iron Maiden presente, coisa que, nem começaram a tocar e ver a quantidade de gente que iria embora logo após a Donzela deixar o palco foi monstruosa. Isso não quer dizer que não tivemos público para o “Teatro dos Sonhos”, mas que, sim, é corretíssimo dizer que a “debandada” do público foi assustadora, isso é. Tirando isso, o Dream Theater fez um bom show, tocaram músicas de todas as fases, com um erro, mais focado em lado B. Para os que ficaram, a banda fez um set perfeito, o que eu vi foi uma banda tocando, como sempre, magistralmente, um desfile de técnica. Não vou negar que o sempre criticado James LaBrie apresentou uma boa performance vocal, John Petrucci John Miyung em suas cordas mostram completo domínio de tudo, Jordan Rudess como sempre um maestro, olhando, tocando e controlando as músicas com uma precissão cirúrgica e Mike Mangini, um baterista sensacional, mesmo faltando um pouco de pegada, ele não deixa nada a dever para a banda. O setllist foi o ponto fraco, mas eles terem tocado Pull Me Under no final do show foi um tiro certerio demais.

Setlist: https://www.setlist.fm/setlist/dream-theater/2022/parque-olimpico-rio-de-janeiro-brazil-1bb0ad98.html

Bem, agora umas dicas para vocês, como se fosse um Guia de Sobrevivência na Cidade do Rock: roupas leves, mas não abra mão de levar um casaco, pois no final de tudo, no retorno, estará bem frio, o local é perto de uma praia e uma Lagoa, então os ventos lá pras 3:30 da manhã são úmidos e bem gelados. Levem garrafinhas d´água, na Cidade do Rock tem bebedouros espalhados, possibilitando enchê-las facilmente. Preparem-se para andar, os palcos são bem distantes um do outro, tirando o Mundo e o Sunset, que são ligeiramente perto, os outros palcos são bem distantes um do outro. Protetor Solar é interessante, pois os dias de sol são pesados. Ativações para todos os gostos, mas se preparem para longas filas, se vocês querem ver os shows, então esqueçam os brinquedos e ativações, mas se você sacrificaria umas músicas da banda no qual você quer ver, então fila atrás de fila, seja feliz.

Queremos aqui deixar nosso agradecimento para o pessoal da produção do Rock In Rio, à Approach Comunicações e a todos no evento que confiaram no nosso trabalho, para entregar essa cobertura para vocês. Agora, leiam abaixo como meu amigo e sócio Daniel Tavares para vocês saberem como foi o Rock In Rio dele.

https://headbangersbr.com/rir-por-daniel-tavares