Imagine ser um adolescente sem futuro em uma cidade industrial inglesa, com zero perspectiva de sucesso.

Imagine embarcar em uma aventura com amigos para acabar com a paz musical que existia.

Imagine ser a voz desesperada da banda que é a pedra fundamental de um estilo musical.

Imagine pôr tudo a perder e ser dado como acabado.

Imagine superar isso e se tornar um dos maiores de todos, mesmo sem a sua antiga banda.

Imagine viver uma eternidade de lutas contra seus demônios pessoais e nunca sucumbir — mesmo que a ciência e a religião não consigam explicar como você está vivo.

Imagine saber que está perdendo para o próprio corpo e, ainda assim, nunca perder o sorriso e o bom humor.

Imagine organizar uma despedida chamando os maiores nomes da história da música — e saber que cada chamado seria encarado como uma convocação honrosa, porque NINGUÉM dali seria quem é sem você.

Imagine, ainda, que juntando esse monte de estrelas, você ajudou milhares de pessoas financeiramente, doando toda a arrecadação para instituições de caridade.

Imagine ter o poder sagrado de escolher se despedir de todos os seus fãs, de mandar um último “I love you all”.

Tenho pra mim que o que segurava o Ozzy neste plano era a necessidade que ele sentia de se despedir de todos nós.

O mais curioso é que uma de suas últimas músicas se chama Ordinary Man (Homem Comum).

No refrão dessa música, ele diz que não quer morrer como um Ordinary Man.
Não, Ozzy. Você NÃO foi um Ordinary Man.

Você foi o homem mais extraordinário que passou pela Terra!

But, No More Tears.
Que você esteja viajando em um Crazy Train, e que possa finalmente Comin’ Home
Ao Príncipe das Trevas com o coração mais iluminado de todos.

John Michael Osbourne se foi.
Ozzy viverá para sempre.

Pelas palavras do texto de GABRIEL FURLANETO, o Headbangers Brasil faz a sua póstuma homenagem ao Madman.