Fala, galera, beleza? Biel Furlaneto (o original) na área, e hoje vamos falar daquelas faixas que têm uma versão tão boa ou até melhor que suas versões originais.
Quando falamos de músicas cover, geralmente vem à cabeça as mesmas bandas de sempre: Guns N’ Roses (Sympathy for the Devil, Knockin’ On Heaven’s Door e Live and Let Die), Nirvana (The Man Who Sold The World), Marilyn Manson (Tainted Love), Limp Bizkit (Behind Blue Eyes) e etc.
Hoje vamos trazer 10 covers pouquíssimo lembrados pela galera, mas que certamente mereciam mais atenção.

Bora lá??

Steven Tyler – Piece of My Heart
Versão original – Janis Joplin

Steven Tyler, para mim, é simplesmente o maior vocalista de todos os tempos. Ponto. Em 2016, ele lançou o álbum country We’re All Somebody from Somewhere, onde está escondida essa verdadeira pérola. A voz rouca do vocalista lembra um pouco a de Janis, e o que ele faz aqui é trazer uma roupagem mais completa para a música, sem abrir mão, por exemplo, do clássico “couro” da faixa. Na primeira palavra do Steven, você já sabe que vai viver uma experiência de vida nos próximos quatro minutos. Sua rouquidão característica se mistura aos gritos do eterno Demon of Screaming, que vão se alternando ao longo da canção. Quando a música terminar, tudo o que você vai conseguir dizer é: Steven, take another little piece of my heart now, baby.

Stone Sour – Love Gun
Versão original – KISS

A banda capitaneada por Corey Taylor simplesmente pegou uma das melhores músicas do KISS e colocou um peso inexplicável. Uma versão cheia de energia, com o vocalista do Slipknot mostrando o quão espetacular é a sua voz limpa. Uma das melhores covers que já fizeram da banda mais quente do planeta.

Halestorm – Bad Romance
Versão original – Lady Gaga

Não, você não leu errado. Estamos falando de Lady Gaga no Headbangers Brasil. Mas não da versão original do maior hit da cantora pop. Aqui temos Lzzy Hale e sua turma colocando bastante peso de guitarra e transformando a música em algo extremamente agradável de se ouvir. Tenho certeza de que quem abrir um pouco a cabeça vai se divertir muito com essa faixa.

Halestorm – Empire State of Mind
Versão original – Alicia Keys

Eu não queria repetir bandas hoje, mas essa versão acústica feita pela banda em 2012 é espetacular. Mostra que, desde sempre, a vocalista tem uma voz extremamente potente, e a banda transforma uma boa música com uma roupagem completamente nova. Confesso que quando ouvi pela primeira vez só notei de que música se tratava no refrão. Destaque para a parte final, onde Lzzy finalmente se solta, e você vê que, desde sempre, ela é uma das melhores vocalistas da sua geração.

Obs.: Daria para fazer um Além do Óbvio só do Halestorm. Procurem os covers deles para Still of the Night, do Whitesnake, e Outta Get Me, do Guns N’ Roses. Me agradeçam depois.

Sixx A.M. – Drive
Versão original – The Cars

Uma das músicas mais bonitas e famosas dos anos 80 ganha uma versão da banda de Nikki Sixx, DJ Ashba (ex-Guns N’ Roses) e James Michael. O clima pós-punk da excelente versão original dá lugar a uma voz e piano completamente melancólicos. No refrão, o crescimento com a guitarra cheia de efeitos de Ashba contrastando com a incrível voz de Michael arrepia até hoje quando ouço. Um solo cheio de feeling, depois a voz acompanhada só de piano novamente. A constante troca de protagonismo entre o “A” e o “M” da banda é muito mais evidente do que o trabalho do famoso “Sixx”, no fim das contas. Vale demais dar uma chance para essa música. Se possível, procurem no YouTube a versão ao vivo, onde tudo o que descrevi se multiplica por 10.

Nine Inch Nails – Dead Souls
Versão original – Joy Division

Trent Reznor adiciona à base do Joy Division uma textura densa com sintetizadores industriais, ruídos mecânicos e batidas eletrônicas, que dão um peso moderno e sombrio à faixa, criando um ambiente mais carregado e opressivo, com sons distorcidos e camadas que criam tensão constante, intensificando o clima sombrio da música original criada pelo genial e saudoso Ian Curtis. É a mistura de post-punk com industrial que você não sabia que precisava, mas que agora não consegue ficar sem.

The Cure – Hello Goodbye
Versão original – The Beatles

Robert Smith é simplesmente o deus do post-punk, e sua voz característica torna qualquer música mais sombria por si só. Mas estamos falando dos Beatles, os deuses de tudo. Sendo assim, o The Cure mexeu o mínimo possível nos arranjos para não descaracterizar esse clássico. Acabou sendo uma das canções mais alegres que Robert gravou. Legal demais ver o clipe que entrou no tributo The Art of McCartney, porque o tecladista é ninguém menos que James McCartney, filho do maior Beatle de todos.

Fall Out Boy – Beat It
Versão original – Michael Jackson

A banda que está prestes a desembarcar no Brasil para ser headliner do I Wanna Be fez uma versão surpreendentemente pesada desse clássico do Michael Jackson. Guitarras pesadas, distorção, um trabalho fantástico de baixo e bateria, e o vocal já conhecido de Patrick Stump, que, se não é um primor, encaixa bem demais com a banda e também casou muito bem com essa música. Menção para o clipe engraçadíssimo que envolve desde covers de Michael Jackson até sumô (!). Uma conexão importantíssima de gerações.

KISS – Then She Kissed Me
Versão original – The Crystals

Essa cabe no Além do Óbvio do KISS, do Paul Stanley, de músicas de encerramento de álbum e mais uns 10 temas de tão esquecida que é.
A música é uma versão de “Then He Kissed Me”, lançada em 1963 pelo grupo vocal feminino The Crystals, e, na versão original, a sonoridade é doce, quase etérea — puro pop sessentista.
O KISS, como era de se esperar, reverteu a letra para o ponto de vista masculino e meteu guitarra, bumbo e energia no talo. O resultado? Uma faixa que parece saída de um ensaio de garagem onde o amor adolescente encontra o rock direto na jugular. Não é nada espetacular, mas é bonitinha.

Motörhead – Heroes
Versão original – David Bowie

Encerramos a lista com duas saudosas lendas da música. A versão original de David Bowie é simplesmente uma das maiores músicas de todos os tempos. Lemmy colocou suas características (que poucos sabem, mas vão muito além da pancadaria desenfreada) para uma versão pesada em todos os sentidos. A banda está arrebentando no instrumental e Lemmy canta de uma forma emocionada como poucas vezes vista na sua carreira. Se pensar que hoje ambos estão juntos tomando um Jack & Coke em algum lugar, fica mais especial ainda.

BÔNUS TRACK – Sin-Atra (2011)

Um álbum tributo a Frank Sinatra, mas ao invés de jazz ou pop tradicional, aqui as músicas ganham versões pesadas, com arranjos hard rock e metal, feitas por grandes nomes do rock mundial. Vocais poderosos de artistas como Sebastian Bach (ex-Skid Row), Geoff Tate (ex-Queensrÿche), Roy Khan (ex-Kamelot), Eric Martin (Mr.Big) e outros, dão nova vida a clássicos como “Fly Me to the Moon”, “The Lady Is a Tramp” e “New York, New York”. Para os fãs de Kiss (como eu), as  guitarras de quase todas as musicas estão nas mãos de Bob Kulick.

Vale demais o registro!

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Valeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!