Então chegou a hora do Angra se despedir do Rio de Janeiro, passando na sexta feira com a sua Temple of Shadows 20th Anniversary Tour – Interlude: Final Lap e em uma noite de casa lotada na Cidade Maravilhosa, o Angra não deixou nenhuma dúvida que deixará saudades com esse hiato.

O evento, acontecido no Sacadura 154, contou com a abertura da banda Argentina Azeroth, infelizmente não conseguimos chegar na casa em tempo de vermos o show da banda, mas ao conversar com o público presente, todos nos relataram estarem muito satisfeitos com a apresentação da banda, que fez um aquecimento de qualidade para o evento.

Entramos na casa, como sempre a recepção da produção e da casa é incrível, rapidamente conseguimos chegar para assistir o show e vejo um público bem diverso, com pessoas das mais variadas idades, até mesmo uma simpática menininha no qual me chama atenção em estar com a sua família, momentos que sempre aquecem muito o coração desse velho banger, vendo que sim, temos uma nova geração chegando e curtindo as guitarras distorcidas.

Dito isso, a banda começa o show com Crossing e já clássico Nothing To Say vem pesadíssima e a banda não deixa nada de fora, Rafael Bittencourt Marcelo Barbosa (guitarras), Felipe Andreolli (baixo), Bruno Valverde (bateria) Fabio Lione (vocal) entraram levantando muito o público, nada não esperado, já que essa música é um clássico na carreira da banda e sempre é bem recebida pelo público. Na sequência, a maravilhosa Millenium Sun foi tocada muito bem, com Lione trazendo o tom da música para a sua voz, brincando muito com as nuances da música. Tides Of Changes é executada, sendo ela aquela que o público não recebe tão bem, possivelmente por ser bem recente, mas essa foi a faixa que marca a passagem para o Temple Of Shadows e aí amigo, não teve como, foi uma sequência de vitórias!

Músicas que são realmente difíceis, com uma identidade bem alta nas gravações originais, mas, a banda soube, com muita qualidade, as músicas para  voz de Fabio Lione, coisa que, com certeza não agradou todos os fãs, mas aqueles que estavam presente no Sacadura 154, ao meu lado, simplesmente não ligaram para esse “termo” e se entregaram a uma apresentação de gala da banda, tocando o disco de forma ímpar. Lógico que, canções como Spread Your FireNo Pain For The Dead, The Shadow Hunter e mais algumas desse grande disco da banda foram muito bem recebidas, mas não teve como não se emocionar com Late Redemption, que, no meu ver, teve a melhor atuação de Fabio Lione, em toda a apresentação. Nessa canção, o “Gigante Italiano” soube dosar muito bem a sua voz, descendo a tons mais graves na ponte do refrão e usando o seu agudo nos momentos de maior emoção da música, simplesmente perfeito!

Depois desse maravilhoso momento, entramos real parte final do show, no qual eles começam com Rebirth e Angels Cry, ambas marasvilhosamente executadas e muito bem recebidas pelo público. Após esse sequência de clássicoa, temos mais um clássico sendo executado em palco, já que  a banda refaz a homenagem ao gigante Ozzy Osbourne, que aconteceu em Brasília (saibam mais aqui) e executam a maravilhosa No More Tears, de forma ímpar. Unfinished Allegro e daí né, já sabemos que vem Carry On, execução ótima, mas ainda muito alta para Lione, que, sempre sofre para executá-la em palco e encerrando a ótima apresentação, pela última vez antes desse hiato, ouvimos Nova Era e assim a banda se despede.

Sendo essa realmente a última noite do Angra, podemos cravar que a banda fez uma despedida grande, bela e de qualidade ímpar, já que, não temos como não lembrar do tamanho que a banda tem, a força de seu nome e o peso das suas canções, em qualquer momento. Com esse hiato, nós do Rio de Janeiro só deixamos registrados com nossos gritos de Angra, Angra como vocês são importantes para o Heavy Metal Nacional. Que noite! Obrigado e parabéns OnStage pelo maravilhoso evento, como sempre, qualidade ímpar.