You Wanted the Best, You Got It! The Hottest Band in the Land: KISS!

Em 10 de setembro de 1975, ainda com seu grito de guerra um pouco diferente, o mundo recebeu algo que não era apenas um disco. Alive! foi uma explosão, um divisor de águas, o ponto exato em que quatro jovens de Nova York deixaram de ser uma banda promissora para se tornarem lendas imortais.

Até aquele momento, o KISS era mais conhecido pelo espetáculo do que pelos álbuns de estúdio. Mas quando Alive! chegou às lojas, tudo mudou. Ele capturou a essência da banda de forma crua e visceral, levando para dentro da casa de milhões de pessoas a mesma energia que incendiava (até então) clubes e ginásios. Era como se, ao colocar a agulha no vinil, você fosse transportado para a primeira fila de um show inesquecível.

Paul Stanley, com seu carisma inconfundível, comandava a plateia como um maestro de corações pulsando em uníssono. Gene Simmons mostrava que o baixo podia ser tão ameaçador quanto uma tempestade. Ace Frehley soltava faíscas em cada solo, transformando a guitarra em pura eletricidade. Peter Criss fazia a bateria soar como o coração de uma fera prestes a explodir. E o público — esse quinto integrante do KISS — rugia em cada faixa, deixando claro que algo grandioso estava acontecendo.

Alive! não foi só um sucesso; foi a salvação da banda. As vendas explosivas colocaram o KISS em outro patamar, garantindo contratos, turnês maiores e a possibilidade de continuar sonhando mais alto. Para os fãs, foi a validação de uma fé: o sentimento de que o rock poderia ser mais do que música — poderia ser uma experiência de vida.

Mas esse álbum não salvou apenas o KISS. Mais que isso: salvou os fãs que precisavam acreditar em algo maior, em um espetáculo que transcendia a vida comum. Alive! foi a prova de que o rock não vive só de notas e acordes, mas de suor, gritos e da sensação de que nada mais importa quando as luzes se apagam e o som explode.

Cinquenta anos depois, Alive! continua soando atemporal. É impossível não arrepiar quando a introdução de “Deuce” invade os ouvidos. É impossível não cantar junto “Rock and Roll All Nite”, mesmo sabendo que já ouvimos essa música mil vezes. É impossível não se emocionar com “Black Diamond”, ainda tão poderosa e arrebatadora.

Esse disco é a prova de que algumas obras ultrapassam o tempo. Alive! não pertence a 1975, pertence à eternidade. Ele é o coração pulsante do KISS, o grito de uma geração, o momento em que quatro caras pintados mostraram ao mundo que o rock pode ser maior que a vida.

Alive! não envelhece porque não pertence ao tempo. Pertence à eternidade. É o nascimento do mito, o coração do KISS pulsando para sempre.

Obrigado, KISS. Obrigado, Alive!

TEXTO POR GABRIEL FURLANETO