A “Festa de Final de Ano da Firma” uniu grandes nomes do cenário Metal em um evento único e incrível.
Então finalmente chegou o dia no qual muitos do Rio de Janeiro esperavam, já que, a união de algumas forças do Cenário Underground Carioca e Nacional, fizeram uma festa incrível. Mas, que forças foram essas? Antes de entrar realmente no que rolou no último domingo, tem que colocar que a produção do Ritual Metal Festival contou com o apoio da Tomarock Produções, o pessoal da PrudaFest, da Black Chapter Store, o pessoal do Rio+Rock e com o nosso apoio daqui do Headbangers Brasil, todo mundo unidos para fazer dar certa essa idéia. E deu. Mesmo com um atendimento de público não lá muito grande, como esperávamos, mas tivemos um bom público, muito fiel e caloroso.
Nós, do Headbangers Brasil, estivemos unidos com o Ritual Metal Festival, fazendo a divulgação, as Lives de preparação para o evento, todos os programas estão online tanto no Instagram do Headbangers Brasil como no do Ritual Metal Festival, confiram lá os programas, ficaram muito bons. Mas, foi a união desse pessoal que impulsionou e conseguiu fazer o Ritual um evento ainda melhor. Olhamos sempre pro Underground Nacional, mesmo que muitos não acreditem nisso.
Bem, recado dado, vamos falar dos shows, que, foram seis bandas maravilhosas que se apresentaram dentro do seu tempo e mantiveram o evento na hora, o que foi algo muito louvável, já que, a produção de um evento é bem complicada, mas tudo correu muito bem e pouco tempo antes da primeira banda, esse que vos fala, sobe ao palco e faz o seu papel, como Mestre de Cerimônias, o Far Beyond Empire subiu ao palco e com o seu Groove Metal abriu muito bem o evento e mesmo com pouco público, a banda fez uma apresentação grandiosa e muito boa, o som estava maravilhoso e as músicas da banda empolgaram quem lá estava, mesmo que, de forma mais singela.
Depois do Far Beyond Empire, era a hora do Chaoslace, uma banda de Brutal Death Metal de São Paulo que, mesmo sendo um power trio (pelo menos assim foi apresentado no domingo), a banda é um verdadeiro massacre sonoro, com riffs rápidos e intrínsecos, uma bateria que vem como um trem pra cima do ouvinte e um baixo muito bem tocado, uma porrada fora do comum e com uma execução destruidora, rápida e muito intensa, uma bela banda do nosso Underground, fica a dica.
Logo após o Chaoslace, os cariocas do Sangue de Bode subiriam ao palco e, esse deve ser o terceiro ou quarto show no qual eu vejo deles e a banda só melhora e não é à toa que a banda a cada dia mais cresce, seja pela difereça visual em palco, já que o vocalista João entra em palco usando um baita Corpse Paint e mantém um visual bem “sujo”, enquanto o resto da banda é super polída, até com um visual diria eu, clássico e essa diferença é o primeiro ponto positivo, pois quebra completamente o padrão e o segundo é o som, já que a junção de letras anticristãs e bem próximas ao Black Metal, unidas a um som mais próximos ao Metal Moderno e até com passagens do Grindcore, o Sangue de Bode é uma força da natureza e o show deles foi incrível e agora, com um público maior, as primeiras rodas aparecem e o pessoal aquece ainda mais.
Ereboros, a força do Death Metal Carioca vinha para aquecer ainda mais o público, com o seu som mais tradicional e uma pegada violentíssima, o quarteto em palco mostra porquê tem sido considerado um dos nomes que mais crescem dentro do cenário Nacional, com uma apresentação perfeita, o vocalista Thiago Barbosa é um frontman incrível, que não para de agitar, enquanto toca o seu baixo e a execução das músicas não perdem em nada, que banda ao vivo e espero que, em um futuro próximo, a banda consiga estar em palcos maiores.
Mas, se o evento não poderia melhorar, ele simplesmente explode, já que em palco estaria os gigantes do Death Metal/Grindcore Paulista, o Desalmado retornou à Cidade Maravilhosa e dessa vez, a banda veio com o seu novo integrante, Marcelo Liam e encerrou no Ritual a tour do seu último lançamento e como sempre, não deixaram pedra sobre pedra, mas pra esse que vos escreve, será impossível não destacar um momento do show, quando Hollow é executada. Senhores, eu chorei. Sim, eu chorei, essa música bate muito forte em mim e vê-la ao vivo foi emocionante demais pra mim. Mas o show inteiro foi perfeito, como sempre o Desalmado entrega.
A última banda do evento não poderia ser melhor, os gigantes do Death Metal Nacional, a banda que se refez depois de duas tragédias pesadíssimas, não somente pra eles, como para todo o cenário Nacional, foram perdas pesadas, mas o Rebaelliun se refez, o baterista Sandro Moreira agora comanda um power trio que mantém a chama acesa. Infelizmente nesse momento, esse que vos fala estava, literalmente, estragado, depois de um final de semana intenso de eventos no qual tivemos, a honra, de cobrir e vi as três primeiras canções e fui embora, mas, se eu pegar por essas, meus amigos, foi animal!
Esse evento marcou o Rio de Janeiro de forma positivíssima e, usando as palavras do próprio Thiago Barbosa: “Esse evento é o primeiro e o nosso plano é continuar com ele, tendo em foco fazê-lo crescer e ter uma edição anual, focando em trazer até bandas Internacionais no futuro.” Como primeiro evento, podemos falar que o resultado do evento foi super positivo, mesmo com o atendimento um pouco menor, o recado foi dado e tudo correu dentro do horário esperado, uma organização linda. Quero agradecer a todos que lá estiveram e parabenizar a todos os envolvidos na Produção do Ritual Metal Festival, que festa de final de ano linda essa firma teve em 2023, perfeita.
TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS – @DIASPHOTOGRAPH