Aqui temos a soma de um esforço coletivo e de crença no que pode dar certo. Por esses dias eu li que o artista é o único que cria, sem demanda. Fique refletindo sobre isso e discordo, porquê, se você se joga no mundo artístico, como o da música e começa a tocar, se expor, sim, uma demanda por um material é gerada e a entrega geralmente acontece, depois de muito investimento ou de muita guerra.
O caso da Impietus é o caso de muita guerra e vontade de entregar um material e eles o fizeram, com um notável esforço, já que temos uma parte do disco gravada em estúdio e outra gravada em casa e isso se reflete na variável sonoridade de Demons, aonde é fácil de notar que umas faixas tiveram um cuidado maior do que outras, mas a vontade de lançar um disco não os impediu. Allan Caique (vocal), Felipe Cabral (guitarra), Ivan Clemente (baixo) e Aline Bernardo (bateria) entregaram um material de qualidade.
As suas composições são a cara da banda, mesclando diversas influências do Metal Extremo e deixando isso bem claro, já que temos composições que te fazem pensar que a banda iria soar mais para o Grindcore, mas logo depois se ouve um belo Black Metal e daí temos faixas modernas, dentro do cenário do Death Metal, isso é um ponto muito bom do disco, ele é variado, mas ao mesmo tempo podemos falar que é um ponto ruim, pois a banda teria que chegar em uma identidade. Mas, que essa variação no disco é legal, é.
Agora, os músicos da banda estão de parabéns, em TODAS as faixas você ouve que eles foram bem em suas decisões, infelizmente nem sempre a gravação coopera com a execução, mas isso não tira em nada o prazer em ouvir Demons, que eu destaco músicas como a faixa titulo do disco, Candyman, Night Of Tension, Blood, Drown US All. Obrigado ao Impietus por acreditar sempre e que a demanda pela boa música de vocês não cesse.
NOTA: 3 / 5