Hericane Alice é uma banda americana de hard rock formada em 1984, conhecida por seu som influenciado pelo Glam Metal dos anos 80. O nome da banda é uma combinação de “hurricane” (furacão) e “Alice”, uma referência à famosa personagem de Alice no País das Maravilhas, simbolizando a energia e a imprevisibilidade do grupo.

Do ponto de vista comercial, a banda enfrentou dificuldades, pois teve de lidar com mudanças de formação em seu line up, bem como a mudança nas preferências do público causadas pelo surgimento do grunge. Apesar de não ter alcançado o mesmo sucesso de outras bandas de glam metal da época, o Hericane Alice recebeu críticas positivas e chegou a fazer algum sucesso nos E.U.A., deixando sua marca na história do rock.

Inicialmente batizado de Hurricane Alice, a banda contava com Leni DeMancari (guitarra, vocais), Scott Werner (baixo) e Rusty Miller (bateria). Após a entrada do vocalista Bruce Naumann, gravaram seu primeiro trabalho: um EP lançado de forma independente em 1986.

Após a formação original se desfazer em 1988, a banda recrutou Danny Gill (guitarra), Ian Mayo (baixo) e Jackie Ramos (bateria) com o objetivo de gravar seu primeiro disco.

Os problemas estavam apenas começando: por conta de uma ação judicial aberta pelo já famoso Hurricane (de Kelly Hansen, que mais tarde cantaria no Foreigner), mudaram o nome para Hericane. Como Hericane Alice foram contratados pela Atlantic e lançaram Tear the House Down em 1990. Diante da enorme quantidade de bandas existentes na época e da consequente saturação do mercado musical, o álbum redundou num retumbante fracasso comercial.

Com as camisas de flanela brotando no horizonte, seus integrantes seguiram caminhos distintos. Naumann formaria o Mighty Roostas com Werner enquanto Mayo e Ramos reapareceriam na cena em 1992 com o Bangalore Choir de David Reece ( ex Accept) e, posteriormente, ao lado de Doug Aldrich no Burning Rain.

30 anos depois de seu único disco, a banda ressurgiu com Gotta Be Real, um disco com apenas 6 músicas, direto e reto, quase punk em termos de duração, com uma vibe glam bem puxada pro sleaze, longe de ser relevante ainda mais se tratando do ano de 2020. O hard rock parece mesmo estar morto e enterrado em solo yankee, visto que hoje em dia quem levanta a bandeira “cabelinho de poodle” são os suecos, alemães e outros europeus e sinceramente não acreditaria que um álbum que mais parece um EP, gravado 30 anos após seu único suspiro, vá fazer alguma diferença. Não vai mudar sua vida, mas mesmo assim, vale a audição apenas por diversão.