Cansativo e sem inspiração
Já haviam se passado 11 anos desde o último álbum de estúdio, o mediano Just Push Play, e 8 anos de um disco de covers de blues (o apenas correto Honkin’ on Bobo), o Aerosmith já dava sinais de repetição e falta de inspiração desde o citado disco de 2001, mas aqui a coisa degringolou de vez.
Exceto pela bela canção What Could Have Been Love, Freedom Fighter e a bonus track Up On a Mountain, tudo aqui soa como comida requentada. Steven Tyler querendo ser como um cantor de hip hop em Beautiful é tão patético, que você começa até a achar que o Eminem faz um som bacana depois de ouvir isso aqui.
Legendary Child, sobra dos tempos de Get A Grip, deveria ter continuado no anonimato. A péssima Oh Yeah tem tanta inspiração quanto o título tosco da canção. O que mais impressiona é a incapacidade da dupla Tyler/Perry de compor um refrão decente, sendo tudo muito previsível, piegas, e com uma boa dose de preguiça sonora.
Mais uma vez vale destacar o timbre de bateria de Joey Kramer, talvez a única coisa que valha a pena nesse disco. Se você chegou a esse mundo nos anos 2000, talvez curta esse álbum, porém isso aqui é uma piada de mau gosto, um verdadeiro monumento à bundamolice pra uma banda que disparava clássicos atrás de clássicos como Rocks, Draw The Line e Pump. Passe longe disso aqui, a menos que você ache o Imagine Dragons a coisa mais rock n’ roll desse planeta.
TEXTO POR DIOGO FRANCO
NOTA: 2 / 5