A chegada dos anos 2000 para diversas bandas pode ter sido traumática, pois as coisas começariam a mudar ainda mais drasticamente do que poderíamos prever e isso não pode ter sido diferente para os gigantes, pais do Black Metal MundialVenom, que com uma mudança na formação, a entrada de Antton (irmão do vocalista/baixista Cronos) na bateria da banda, que seria completa pelo supracitado Cronos e o guitarrista Mantas, a banda lançaria um disco no qual dividiu e ainda divide opiniões, o malfadado Resurrection. Mas, será que o disco é ruim mesmo ou ele é mal compreendido?? Então vamos mergulhar nesse lançamento, que viu a luz do dia no dia 06 de Junho (06/06, interessante não??)

Venom nos anos 2000.

Resurrection
A faixa título já começa mostrando uma grande diferença na sonoridade já esperada do Venom, com uma bateria mais voltada pro Thrash Metal, a música é uma introdução forte e muito empolgante, extremamente bem composta e com um groove no qual você não espera em composições da banda, início ótimo! 4 Estrelas

Vengeance
A segunda faixa começa com um ataque incrível da banda acompanhando o riff das guitarras de Mantas com os frenéticos bumbos de Antton e o vocal de Cronos está ótima nessa composição, com quebradas de tempo meticulosas e uma sequência de bumbos ímpares, a faixa mantém o disco lá em cima, sem contar o ótimo solo de Mantas, musicão! 4 Estrelas

War Against Christ
Particularmente, essa desde o lançamento do disco é a minha faixa predileta dessa obra, um ataque sonoro digno do gigante que o Venom é, essa faixa trás riffs muito inspirados, mesmo que, em primeira audição simplórios, mas o refrão, que repete o nome da música, tem um teclado que dá um tom de horror sensacional para a faixa, uma música que é fora da curva, até mesmo na carreira da banda. 5 Estrelas

All There Is Fear
Essa tem mais uma vez riffs inspirados e um andamento mais cadenciado, mesmo assim, com um bom gosto ímpar, um groove bem enraizado no que diversas bandas faziam nos idos dos anos 90, recém passados e a ponte para o ponte para o refrão é outra maravilha. Cronos nessa faixa faz seu baixo brilhar de forma única. 5 Estrelas

Pain
A ótima composição tem tudo que uma boa banda de Thrash Metal deveria ter, um riff cavalar bem feito demais, acompanhando mais uma vez os bumbos da bateria e Cronos cantando de forma até mesmo debochada, o que dá um tom maravilhoso pra ela. 4 Estrelas

Pandemonium
Essa canção é outra que eu acho simplesmente acima da média, com quebras de tempo em cima da voz de Cronos, que tá , dentro do que eu vejo, em um dos melhores momentos de sua carreira, uma faixa que, como as outras, no refrão parafraseia o nome da música, mas aqui ele berra seu nome de uma forma até “melodiosa”, em uma cadência viciante. 5 estrelas

Loaded – You Loose!
Groove, riffs ainda mais cadenciados, um coro, guitarras com suas cordas não sendo somente atacadas, mas com um certo dedilhado, outro solo incrível de Mantas, Loaded é o reflexo de uma influência escondida da banda, que ainda bem que puseram tudo aqui. 4 Estrelas

Firelight
Música que entraria, facilmente, como uma das grandes composições do Thrash Metal dos passados anos, mas saiu em 2000 e em um disco de um clássico do Black Metal, mas é uma composição poderosa essa, que é impossível não bater cabeça ouvindo ela. 4 Estrelas

Black Flame (Of Satan) – All Hails.
Por anos eu fique na dúvida de qual composição desse disco eu mais curtia, pois Black Flame (Of Satan) tem tudo que eu curto e mais um pouco, uma música com energia e cadência precisas, um vocal agressivo, mesmo sendo o mesmo e com a mesma levada no qual vem em todo o disco, aqui está com um charme a mais. 5 Estrelas

Control Freak
Essa começa dando um ar misterioso, com um riff super quebrado, mas depois ele entra com a bateria e “descamba” pra uma desgraceira digna dos gigantes, uma música impetuosa e muito, muito boa. 4 Estrelas

Disbeliever
Mais uma composição que, carrega a aura dos anos passados, mas sem deixar de entregar um som ímpar, com inspiração e qualidade ímpar. Essa, em especial, tem uma passagem no meio da canção que, parece ser ao vivo, ou emulando estar em uma multidão e berrando para um local lotado de almas descrentes, eu sempre achei essa jogada ótima, belíssima composição. 4 Estrelas

Man, Myth & Magic
Essa é outra música que carrega essa, que poderia ter sido, a nova fase do Venom, com um início bem cadenciado e um prosseguimento de baixo e voz muito bem trabalhado, essa composição é um clássico “bate-cabeça” no qual muitos não entenderam e possivelmente não entendem ainda. 4 Estrelas

Thirteen
Ela começa levemente parecida com a anterior, mas carrega uma aura mais debochada e ainda mais pesada, essa pra mim é realmente a mais fraca do disco, mas não é daquelas que você pula a música, mas sim simplesmente pensa que é uma boa idéia, não tão bem aproveitada. 3 Estrelas

Leviathan
A faixa de encerramento de Resurrection é ótima e encerra o disco com uma música ainda mais lerda e cadenciada, mas extremamente densa em seu andamento, fazendo que o final do disco seja muito prazeroso, como todo o caminho na audição do disco. 4 Estrelas

Mas então, depois disso tudo, é Bom ou Bomba?

Eu acho que já está muito claro que Resurrection é Bom demais, sempre achei ele um discaço e ainda acho extremamente injustiçado, um disco no qual não compreendo, até o dia de hoje, orquê tão malfalado e imcompreendido, um disco no qual pode até mesmo não entregar o que o fã do estilo ou mesmo da banda esperava, mas é um disco de composições maravilhosas e músicas muito bem trabalhadas. Se você se sentiu tocado ou ficou curioso em conhecer o disco, te convido a ouvi-lo, um disco incrível!