Hey banger! Se você, assim como eu, adora descobrir um novo som, pega na minha mão que eu vou te levar por um caminho delicioso e catártico, repleto de alegria, lisergia e psicodelismo

O que você diria de uma banda em que um dos integrantes é tão fã de Jimmy Page, que você o enxerga no palco, durante sua exibição? Com certeza você me responderia que este músico seria um guitarrista criativo e extremamente expressivo. E se eu te dissesse que este fã do Page, na verdade, é um baixista? Boom! Seu cérebro explode! Sim, foi exatamente isso que aconteceu comigo quando eu vi Otavio Cintra performando no palco da Burning House, no comecinho do mês, 3 de outubro, durante o Cosmic Fest (encabeçado pela competentíssima e tradicional Cosmic Rover, que contou também com a presença dos indefectíveis do Mother Trouble). Mas não era “só isso”, Otavio trouxe consigo um vocal ácido e levemente rasgado, que te transportava facilmente para qualquer canto mais “by lsd” dos anos ‘70

Foto: Julia Missagia

Mas um power trio que se preze, precisa de um guitar hero que carregue bem o título, e garanto que Luiz Cardim o faz. A guitarra hipnotizante não toca apenas melodias inspiradas em Ritchie Blackmore, Tommy Bolin e Eddie Van Halen, mas a referência mais profunda que você possa carregar do seu início na cena. Seus improvisos são capazes de causar um transe que te leva ao útero da sua primeira audição de Sabbath Bloody Sabbath (isso no meu caso, mas com você pode ser outro disco, o que não muda é a sensação de descoberta). O sentido despertado é tão primordial, que tudo passa a ser 100% instintivo – desde seus movimentos se tornando dança, até uma possível letra decorada e repetida como um mantra.

Fato é que assim como The Rover te fez dançar em 1975, Drifter, te causará a mesma vontade.

Foto: Julia Missagia

E eu nem falei do baterista ainda!

Nesse caso específico, apenas conheci o mago William Paiva pelo álbum Caravan of Light, o que com certeza é um cartão de visitas incrível. O que acontece é que, por incompatibilidade de agendas, William não pôde fazer o show do Cosmic Fest (isso é o que acontece quando você é muito bom), deixando a responsabilidade nas habilidosas mãos de Léo Nascimento. E o que dizer? INCRÍVEL! Imaginem, bangers, a minha cara de espanto quando eu descobri que o baterista que me fez ter um pequeno surto de alegria nem era o baterista da banda, e que nem ensaio tinha feito, apenas conhecia o som da banda e tocava com um dos integrantes em outro projeto! Pois é, já coloquei exclamações demais nesse texto. Só por isso já dá para perceber o meu entusiasmo, não é? Se você se convenceu com toda a minha felicidade, o nome dos responsáveis por isso é Hammerhead Blues, uma banda paulista, que se autoentitula hard rock psicodélico. O que eu vi neste dia, senhoras e senhores, foi o berço do que conhecemos como música, sendo homenageado de forma íntegra e competente, além de hipnotizante é apaixonante.

Foto: Julia Missagia

Mas não pense que eles começaram agora, porque não é verdade, estão desde 2014 na estrada, galgando um espaço muito merecido. Já dividiram o palco com nomes como Glenn Hughes, Radio Moscow, Samsara Blues Experiment e Mars Red Sky e excursionaram em lugares incríveis.

E para comemorar os 10 anos do lançamento de seu pontapé inicial, o EP homônimo Hammerhead Blues, a banda fará um show na Iglesia, no dia 14 de novembro. Eu, sinceramente, não perderia.

Para conhecer mais a banda, clique aqui!

 

Setlist no Cosmic Fest:

Hero

Rat

Thrill of the Moonrise

Windmill’s Kiss

Highway 141 Blues

Traveller

Around the Sun

Age of Void

Moontale 

Drifter

 

Serviço:

 

Hammerhead Blues – La Iglesia

Data: 14/11/2025

Horário: a partir das 20h

Ingressos: R$50,00 na porta/ R$40,00 antecipado (comprar aqui)

Endereço: La Iglesia – Rua João Moura, 515 – Pinheiros

 

Texto por: Amanda Basso