O documentário sobre Andre Matos, lenda do heavy metal brasileiro e fundador do Angra, está próximo de sua estreia, e o site Headbangers Brasil foi convidado para a coletiva de imprensa desta grande obra, que aconteceu na segunda-feira (06), no ‘The Metal Bar’. A entrevista foi concedida pelo diretor Anderson Bellini, o produtor Thiago Rahal Mauro e Eco Moliterno, primo de Andre e parte fundamental na realização do projeto. Após a coletiva, houve um coquetel com um pocket show com Felipe Machado, guitarrista do Viper, e o vocalista Eric Bruce, cover oficial do Andre Matos.
O projeto foi feito em homenagem ao artista, que foi elemento essencial das bandas mais influentes do metal brasileiro, como Viper, Angra e Shaman. O filme trará cenas inéditas do músico, cedidas pela família do mesmo, além de depoimentos de pessoas próximas. O trabalho surgiu em 2018, depois de Andre autorizar o registro de uma entrevistas sobre a carreira e conversar por mais de cinco horas sobre a própria vida.
Durante o evento reservado para a imprensa, os convidados tiveram a chance de observar em primeira mão os rumos que a primeira parte da homenagem tomará, sendo exibido 15 minutos do documentário nas TVs do bar. Após a exibição, Anderson Bellini, Thiago Rahal e Eco Moliterno concederam entrevistas para falar sobre esta obra, respondendo todas as perguntas feitas pelos jornalistas e convidados. Muitos detalhes foram revelados, mas também, deixaram muitas novidades no ar, o que gerou mais expectativas, como o nome de um grande artista que concedeu um depoimento, mas não pode ser revelado ainda. – o projeto já confirmou depoimentos de grandes músicos, como Kai Hansen, Alex Holzwarth, Luis Mariutti, Andre Bastos, Andre “Zaza” Hernandes, Kiko Loureiro e outros.
Uma das maiores dúvidas sobre o documentário é sua divisão em quatro partes, e a equipe deixou claro que, apesar de cada parte cobrir uma parte da vida de Andre, as partes não são focadas nas bandas mas sim nos momentos da vida do artista. A produção também contou como foi o termômetro para criar uma linha equilibrada entre o lado humano do artista e sua vida nos holofotes, como disse o primo Eco Moliterno: “Vamos mostrar o Andre Coelho e Andre Matos” – foi possível sentir toda a energia familiar que está presente no documentário, com depoimentos de familiares e fotos desde o nascimento de André, feitas pelo seu pai que era fotógrafo.
SINOPSE
O documentário “André Matos – Maestro do Rock” será lançado em 14 de setembro – dia em que o vocalista, compositor e instrumentista completaria 50 anos de idade –, e o Theatro Municipal de São Paulo será o palco dessa premiére. A série de documentários será composta por quatro filmes que serão lançados a cada três meses durante todo o ano do cinquentenário do cantor, que se encerra em 14 de setembro de 2022.
“A história do Andre é muito interessante e rica, e seria impossível contá-la em apenas duas horas”, afirma o diretor Anderson Bellini. A série documental vai retratar em detalhes toda a trajetória do maior vocalista do Metal nacional e abordar todos os momentos de sua carreira – até os mais polêmicos, como a separação do Angra e do Shaman, – dando voz a todos os envolvidos. O documentário vai ser dividido em quatro filmes e mostrará como Andre Matos viveu a vida em sua plenitude, aproveitou todos os momentos e oportunidades que surgiram e, sempre que precisou, se reinventou. Vai mostrar como ele era uma “estrela do rock” que nunca quis ser uma estrela – incluindo cenas raras dele em casa com a família – e não temia ter que recomeçar sua carreira do zero, pois nem mesmo o auge e o sucesso eram capazes de segurá-lo. Era isso que o diferenciava e o tornou admirado por uma legião de fãs no mundo inteiro.
O primeiro filme da série, que estreia aqui no Theatro Municipal na próxima terça-feira (14), às 19h, traz o interesse de Andre pela música desde a infância e fala da formação da sua primeira banda Viper, em 1985. Na época, os integrantes eram todos adolescentes e Andre, o mais novo, tinha apenas 14 anos – mas o primeiro álbum, “Soldiers of Sunrise”, foi um divisor de águas na história do metal nacional que, na época, estava apenas engatinhando. Só que logo após o lançamento do segundo álbum, “Theater of Fate”, – quando a banda estava no auge, fazendo sucesso internacionalmente –, Andre saiu do Viper para se dedicar exclusivamente aos estudos de música clássica – o que depois mudaria completamente o rumo da sua vida artística.