Quinta feira no Rio de Janeiro, quinta-feira essa que foi marcada por fortíssimas chuvas, tanto na Cidade do Rio de Janeiro, como na minha amada Niterói, essa que sofreu horrores com o forte temporal que assolou a cidade, sendo que nesse momento, o filho da “Terra de Araribóia” já estava acomodado e esperando o início do concerto da dupla Marko Hietala (ex-Nightwish) com a diva Anneke Van Giersbergen e o violonista Tuomas Waitanen, no confortável Teatro Rival, que fica na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Pontualmente o evento começa, com um Teatro Rival bem cheio, poucas mesas vazias.
O simpático Marko Hietala é o responsável por começar a noite e desfilando sua incrível voz, ele nos fala que está tocando músicas do seu disco solo e depois Crazy Train, clássico do Ozzy Osbourne é executada, com um anúncio super divertido do simpático Marko, que faz altas piadinhas e já vem com Holy Diver do Dio e no final o violonista virou o violão e brincou de solo de bateria, ótimo momento.
Marko toca uma faixa nova de um vindouro disco, essa em finlandês e a voz dele continua incrível. Children Of The Grave, clássico do Black Sabbath e meus amigos, a versão ficou simplesmente maravilhosa! Marko anuncia Child Of Babylon do Whitesnake e Anneke Van Giersbergen entra em palco, o público entra em frenesi com a presença da diva.
Ela começa o seu set conversando e sempre respondendo com muito bom humor o público, que é dela. Saturnine do The Gathering, foi executada ontem e foi simplesmente lindo!! Mas, linda como sempre, a simpática Anneke Van Giersbergen em mais momentos de conversa, risadas com o público dela, resolve tocar Ayreon, Valley Of The Greed, um momento maravilhoso, já que, vamos combinar, não é sempre que você ouve uma versão do Ayreon ao vivo e logo depois, ela resolve tocar I Saw A Car, do seu último disco, contando a história, que é super divertida e que a música é estranha (realmente é), mas a deixa feliz e ela esperava que nos deixasse feliz também. (Bem, ela conseguiu.),
Um pouco mais de The Gathering, agora com Main Song e toca Kate Bush e pra fechar seu set solo, Hurricane, também do seu mais recente álbum e que foi um set muito gostoso de ouvir, Anneke canta fácil demais e a simpatia dela simplesmente contagia todo mundo.
Agora com Marko Hietala e Anneke juntos, unidos ao incrível violonista Tuomas Waitanen, eles começam a parte final do show, tocando Catch the Rainbow, do Rainbow. A combinação das vozes deles é mágica, ficou simplesmente incrível.
Em mais um momento de desfile de simpatia de Marko e Anneke anunciam o que seria a música mais pesada do set e os dois olham pro Tuomas Waitanen, que também olha pro lado, em um momento de comédia “pastelão” clássica, mas que todos rimos, assim ele homenageia o Rio de Janeiro, tocando Wave, clássico do Tom Jobim, que o pessoal respondeu com muita empolgação, até cantando as letras desse clássico da nossa música, nesse momento, eu tenho que comentar, eu tive que me segurar na cadeira e explicarei o porquê. Ao ouvir os primeiros acordes, a vontade de levantar e dançar foi instantânea, mas estava bem localizado, a frente à Anneke, realiza ela se empolga e desce pra dançar comigo, que vergonha!! HAHA
Piadas a parte, logo depois dessa maravilhosa homenagem, um clássico atemporal ganha nova vida com a voz de Anneke, Wasted Years é executada e logo depois, um momento ímpar, Strange Machines do The Gathering ganhou uma versão acústica maravilhosa, com Anneke cantando em tons mais baixos, mas ainda hipnotizante, maravilhoso.
Marko pega um violão de 12 cordas e vem ela, The Islander do Nightwish, com a Anneke fazendo as vezes, ficou “um pouquinho melhor” né… Perry Mason, do Ozzy é tocada e cantada pela angelical voz da Anneke e com Marko cantando algumas partes, simplesmente incrível e o violonista Tuomas faz milagre no solo, nisso eles anunciam o vindouro final do show, foram ovacionados por todos, tocam The Sound Of Silence e assim encerram uma noite acústica incrível, com uma qualidade ímpar, com simpatia em desfile e ótimos momentos, foi uma noite simplesmente mágica.
FOTOS POR IAN DIAS