Fala, galera! Beleza? Biel Furlaneto na área com mais um Bom ou Bomba!
Aniversário do linguarudo mais conhecido do planeta e eis a questão: até onde vai o fanatismo de um fã? Será que eu consigo analisar friamente todas as nuances desse álbum pra lá de diferente do nosso querido Demon? É o que vamos descobrir.
O álbum em si traz uma seleção bastante estrelada para o projeto. Além dos parceiros de Kiss Eric Singer e Bruce Kulick, músicos como Richie Kotzen (Poison, Mr. Big, solo) e Dave Navarro (Jane’s Addiction, Red Hot Chili Peppers) também participam.
Mas vamos ao que interessa: e as músicas? Bora lá?

Sweet & Dirty Love
Porradaria promissora! Gene encarna seu papel de Demon em uma música totalmente animada, até mais pesada do que o Kiss clássico costumava fazer. Não chega a ser tão pesado quanto as faixas do Creatures of the Night ou Revenge, mas é uma das que merecia vida mais longa, principalmente agora que o velho linguarudo está apostando na carreira solo. – Cinco estrelas
Firestarter
Aqui começa a desandar a maionese. Um cover esquisitíssimo do Prodigy… uma música eletrônica misturada com um riff de guitarra que beira o new metal. Gene completamente perdido.
A pérola maior é o clipe totalmente tosco, em que Gene encarna um cafetão na sua linda mansão. Dá pra dizer que Gene andou para que o Kondzilla pudesse correr? Acho que sim. ASSISTAM O CLIPE PELO AMOR DE DEUS. – Duas estrelas
Weapons of Mass Destruction
Animadinha, mas pouco inspirada. A letra é simplesmente terrível. Uma lembrança que tenho é do Gene prometendo tocá-la quando veio ao Summer Breeze. No fim, não tocou. Parte de mim ficou triste por não ter mais uma novidade no set… mas a maior parte ficou feliz por não precisar ouvir. – Duas estrelas
Waiting for the Morning Light
O Gene Simmons do solo de 78, que fazia um som meio Beatles (como na maravilhosa See You Tonite), envelheceu e trouxe um tecladinho de brinquedo junto. Não é um suprassumo, mas em vista do que vinha acontecendo, é um bom alívio. Tá bom, talvez não “bom”, mas um alívio. – Três estrelas
Beautiful
Aqui as coisas começam a ficar quase sobrenaturais de tão estranhas. Uma musiquinha sem vergonha, com um tecladinho parecido com aqueles de churrascaria tentando imitar Pinball Wizard, do The Who. O refrão chega a lembrar os das boybands dos anos 90 se você fizer um esforço. – Uma estrela e meia
Asshole
Tá bom, vai… vou admitir meu guilty pleasure desse álbum. Eu simplesmente adoro essa música.
O riff inicial parece a música do Charlie Brown que tocava na Malhação? Parece.
O refrão é completamente bobo? É.
Mas algo na voz do Gene sempre me pegou nessa. E tem um puta solo de guitarra delicioso! – Cinco estrelas (mas entendo quem der uma só hahaha)
Now That You’re Gone
Mais uma da turma “Gene Beatles”, mas essa é maravilhosa. Daquelas músicas para se ouvir ao pôr do sol, pensando na vida. Os corais no refrão ajudam a música a ter uma vibe quase espiritual. Uma faixa injustiçada: mora em uma vizinhança terrível, mas merecia mais. – Quatro estrelas
Whatever Turns You On
Eu simplesmente não consigo explicar. O coro, tão lindo na música anterior, agora parece aquele grupo de amigos bebaços que se junta no fim do casamento pra cantar alguma do Roupa Nova. Tudo é esquisito. – Uma estrela
Dog
O GENE LATE. E UIVA. E ISSO NEM É A PIOR PARTE DA MÚSICA. – Uma estrela
Black Tongue
O instrumental e o refrão são realmente legais, mas o resto não acompanha muito. Essa faixa foi baseada em uma música inacabada de mesmo nome composta por Frank Zappa. Simmons licenciou a gravação, tocou o riff inicial e construiu uma nova composição em torno dela. – Duas estrelas
Carnival of Souls
Lembra as músicas do álbum de mesmo nome lançado em 1997. Não chega a ser tão grunge assim, mas tem sua boa parcela de densidade. O refrão também é bem legal. Me arrisco a dizer que é melhor que algumas músicas do próprio Gene no álbum citado. – Três estrelas e meia
If I Had a Gun
O nome da música é “Se eu tivesse uma arma”. Posso dizer tranquilamente que, se eu tivesse uma arma, atiraria no meu CD player enquanto essa música estivesse tocando.
Começa com voz e violão típico de quem tá brincando com o instrumento (lá ele) enquanto a aula não começa. Quando o resto da banda aparece, não melhora nada. – Uma estrela
1,000 Dreams
Fechando com uma chave de qualquer coisa, vem o Gene cantando quase um bolero sem a menor vergonha ou pudor.
O instrumental? Forró misturado com algo que lembra a trilha sonora das fases de água do Mario Bros.
E essa nem é piada nova: lá em 2004, quando ouvi o álbum pela primeira vez, já tive essa sensação. É tão bizarro que vou deixar sem nota.
Afinal, o Asshole é BOM ou é BOOOOOOOOMBA?
É BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMBA.
O que é bom, não é tão bom assim, e o que é ruim… é bem ruim. Gene às vezes parece não entender o conceito do “menos é mais” e sai tacando coisa em cima de coisa, deixando o álbum meio perdido.
Tem seus bons momentos? Tem. Mas não vale todo o sofrimento pra chegar até eles.
É isso aí, galera! Conta pra gente nos comentários o que você acha do álbum e mandem também sugestões dos próximos discos a serem analisados!
Valeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!
