Living Colour é uma banda novaiorquina de 1984, formada pelo guitarrista Vernon Reid, o vocalista Corey Glover, o baixista Muzz Skillings e pelo baterista Will Calhoun. Um dos mais expressivos e inspiradores nomes do “funk rock” – senão o maior – estilo que consagrou bandas como Faith no More e (os primeiros trabalhos do) Red Hot Chilli Peppers

Vivid” (1988) é um marco no rock alternativo, combinando rock, funk, metal, jazz e influências do punk. A mistura de estilos reflete a identidade eclética da banda, somadas às letras com forte cunho político e social característico da banda desde o primeiro momento, como está descrito no faixa a faixa especial feito com todo o carinho para vocês.

Aliás, numa época em que a verdade é tratada como um simples ponto de vista, Living Colour é uma verdadeira aula de cidadania e justiça social.

Reprodução da Assessoria

Faixa – a – Faixa:

Cult of Personality – O maior hino da banda, que inclusive ganhou o Grammy de Melhor Performance de Hard Rock, é justamente a primeira musica do primeiro álbum. Música potente e pesada, com destaque para o baixo e bateria que fazem uma cozinha “Masterchef” e para os riffs pesados. O vocal marcante de Corey Glover também se faz presente, passando seu recado com sucesso. Começo totalmente pé na porta.

I Wanna Know – Com uma vibe um pouco mais dançante, é a típica música para colocar no último volume e partir para a festa! Novamente a dupla Muzz Skillings (baixo) e Will Calhoun (bateria) brilha. 

Middle Man – Começa com um riff bem pesado de guitarra para depois o resto da banda acompanhar num andamento bem encorpado. Mais uma música que mistura rock e o melhor do funk.

Desperate PeopleMais acelerada e agressiva, tanto na parte instrumental quanto na letra, a banda manda seu recado de forma direta e reta, o que não é surpresa para quem acompanha a carreira da banda (o próprio Vivid é inteiro um disco de protesto). A qualidade do Living Colour impressiona tanto quanto seu engajamento social.

Open Letter (To a Landlord) – Falando especificamente das letras, Open Letter provavelmente seja a mais profunda do disco; falando sobre as dificuldades enfrentadas pelas comunidades urbanas marginalizadas. O dedilhado inicial com a voz inconfundível de Corey Gloover é maravilhoso. Poucos segundos depois e aquele bom e velho Groove está de volta, com a cozinha sempre trabalhando com maestria.

Funny Vibe – Contando com ilustres presenças de Chuck D e Flavor Flav, do Public Enemy (um crossover mais que aplaudido pelo público da época), mistura o som característico da banda com o estilo de vocal do hip hop dos anos 80. A letra é basicamente uma porrada na cara do racismo

Memories Can Wait – Chegamos aqui a um cover do Talking Heads (sim, existe vida além de Psycho Killer). Como era de se esperar, é totalmente diferente do new wave produzido pela banda capitaneada por David Byrne. No seu lugar entra um clima mais distorcido e experimental. É uma boa releitura, mas não chega a empolgar tanto, talvez a menos inspirada do álbum.

Broken Hearts – Hora de respirar! Uma balada com pitadas de blues e soul music. É uma música que fala de amores que não dão certo. Talvez por isso, tenha sido a faixa que mais agrada esse amante de power ballads que vos fala. Ainda assim, traz o característico baixo brilhando como sempre, além de um solo de guitarra para ninguém botar defeito. Essa é pra sofrer mesmo sem ter por quem sofrer

Glamour Boys – Apesar de ser um grande hit da banda, sonoramente não me chama tanto a atenção no álbum. É uma música com a letra um pouco menos inspirada e mais repetitiva. Isso é o que se pensa a primeira vista, até você perceber o tom de crítica mordaz contra a sociedade materialista e superficial retratada na música. Assim como Material Girl, da Madonna, a letra confunde quando se encara de forma simples. Um tapa com luva de pelica na cara das “Patricinhas de Beverly Hills” (Sorry Alicia Silverstone).

What’s Your Favorite Color? – Sabe aqueles improvisos com a banda que o Bruno Mars faz e todos o chamam de gênio, de lenda e de tudo mais? Pois é, em 1988 o Living Colour já ensinava o tema! Um “Theme Song” maravilhoso de 1 minuto e 38 segundos! What’s your favorite color baby? LIVING COLOUR!

Which Way to America – Um dos pontos mais fortes de “Vivid”, na minha concepção, é a forma como a banda juntou vários estilos musicais no mesmo álbum, e isso vai literalmente até a última faixa. Which Way to America encerra em uma pegada com o mesmo Groove que acompanhou a banda em todo álbum, porém de uma forma mais “hardcore” que finaliza o álbum de forma visceral

Para entender melhor, “Vivid” é um álbum indispensável para quem gosta de boa música e de quem tenha algo realmente relevante a dizer… É uma mistura incrível de vários estilos que mostra o quão versáteis e talentosos são os integrantes da banda. Infelizmente o Living Colour é subestimado, mas que brinda aqueles que o procuram com muita música boa!

Vendo com a história já escrita, a gente entende porque o Living Colour foi tão importante na sua geração, principalmente por serem 4 jovens negros, em um estilo musical onde pessoas da sua raça eram mais exceção do que regra, ainda mais como protagonistas, e até hoje são!

Prova disso foi o show totalmente energético e apoteótico no Rock in Rio de 2022, onde tocaram com o guitarrista Steve Vai. E agora retornam à América Latina para uma série de shows, contemplando o nosso país com nada mais, nada menos que 5 datas!

Para comprar ingressos, só escolher o seu show em um dos links abaixo: 

10/10 – Rio de Janeiro – Sacadura 154 – https://showpass.com.br/comprar/1393/living-colour
11/10 – Belo Horizonte – Mister Rock – https://articket.com.br/e/2113/living-colour-em-belo-horizonte
12/10 – São Paulo – Tokio Marine Hall – https://www.eventim.com.br/event/living-colour-tokio-marine-hall-tokio-marine-hall-18641643
13/10 – Brasília – Toinha Brazil – https://www.clubedoingresso.com/evento/livingcolour-brasilia
15/10 – Santiago (Chile) –  Club Chocolate – https://www.eventrid.cl/eventos/atenea/living-colour-en-chile
17/10 – Buenos Aires (Argentina) – Teatro Flores  https://www.passline.com/eventos/living-colour-regresa-a-argentina

Realização – Top Link Brasil
Texto por – Gabriel Furlaneto