A Sinfonia tomou conta da Cidade Maravilhosa.

Em uma fria noite na cidade do Rio de Janeiro, o Sacadura 154, casa próxima da lendária Pedra do SalCais do Valongo, dois pontos históricos da cidade, o Epica e o Fleshgod Apocalypse iriam encantar os seus fãs com suas músicas que, mesmo parecendo ter muita diferença, elas conversam pelo uso de sinfonias e diversos meandros de Extremo, no Epica e melodia no Fleshgod Apocalypse.

Ao entrarmos na casa, ainda vimos os Italianos ainda finalizando a checagem do som, no qual prometia entregar uma qualidade ímpar (coisa que infelizmente não aconteceu), mas vimos que a banda estava tinindo. Pouco tempo depois, exatamente as 19:30 desse sábado, o palco se apaga e iria começar o Fleshgod Apocalypse, que primeiro se apresenta com a chegada de Veronica Bordacchini (vocalista) e Francesco Ferrini (piano e orquestrações), com a vocalista desfilando em suas vestes, que remetem a uma cantora de Opera e a bandeira Italiana em punho, já mostrando o porquê é sempre elogiada em suas apresentações, cantando a introdução com o seu companheiro no piano, um momento de introdução ímpar, preparando todos para o que viria logo após, com Francesco Paoli (baixo e vocal), Fabio Bartoletti (guitarra e vocal) e Eugene Ryabchenko (bateria) com I Can Never Die, que foi executada de forma ímpar. Seguindio o show com Minotaur (The Wrath Of Pissession), com direito ao pianista Francesco fazendo o discurso dessa bela canção. O show do Fleshgod Apocalypse tem um movimentação ligeiramente contida, mas os membros das cordas trocam de lugar, o pianista toca em algumas peças da bateria de Eugene e, o mais importante, é nitido que a banda está se divertindo e tendo um ótimo tempo durante sua apresentação.

Seguimos a apresentação com The Fool, uma das ótimas canções do disco King, depois dela, a banda executa Pendullum, do mais recente Opera e Sugar, do álbum Veleno, essa canção  ganhou um vídeoclipe incrível e depois uma do disco Opera, aonde Francesco Paoli anuncia ela sendo uma canção para bailar e retirou uma Bandeira Brasileira, no qual eles dariam para os melhores dançarinos para Morphine Waltz, infelizmente nada respondido e esse é uma das grandes críticas no qual tenho, o público carioca extremamente frios para com a apresentação da banda, logo depois a banda toca No, uma canção com tons de paródia, já que em um momento da música rola uma incidental Britney Spears, antes da negativa hiper berrada pelo Fleshgod Apocalypse.

Bloodclock foi executada e o peso retornou com o peso estúpido da banda, casando a clássica sinfonia com o peso e brutalidasde do Death Metal, logo após temos Epilogue, que é maravilhosa e antes de começar a encerrar, nada melhor do que a música que revolucionou a carreira deles, The Violation. A apresentação estava incrível, mas ao anunciar o final, o baterista Eugene avisa que tinha tempo para mais uma e ele vai pro piano do Francesco e começa a tocar a clássica canção Pop Blue (Da Ba Dee – Eiffel 65 cover), que ganhou uma versão altamente extrema e maravilhosa, foi a melhor forma de fechar um show, com um pouco de comédia e boa música!! Uma apresentação incrível dos Italianos, boa demais.

O show dos Italianos acabou exatamente às 20:30hr deste glorioso sábado, dando meia hora para o público, no qual já estava com a casa com bastante gente (não como imaginaria que seria), mas comparecendo em um bom número, era a espera de arrumação do palco, se reposicionar em frente ao palco, o prenúncio do show veio com o clássico The Pretender do Foo Fighters, explodindo no PA da casa e às 21:00hr em ponto, o Epica começaria a sua apresentação e a banda, formada por Mark Jansen (guitarra e guturais)Coel Janssen (teclados e piano)Ariën van Weesenbeek (bateria e guturais), Isaac Delahaye (guitarras), Rob Van der Loo (baixo) já entra em palco tocando Cross the Divide, do recém lançado Aspiral e no tempo correto desce a diva Simone Simmons (vocalista) e a banda assim se completa, com um bvelíssimo telão, que mudou o show inteiro o seu tema e pela empolgação do público presente, Unleashed é um dos grandes clássicos do Epica, público esse que acordou “realmente”, somente na aparição da banda neerlandesa.

O show, pelo o qual levantei no final, foi um desfile de boas canções escolhidas para a apresentação da banda, um set repleto de sucessos como Unchain Utopia, Flight To Survive, Design Your Universe, sendo essa aquela no qual, dentro da primeira parte do set, o público mais respondeu a banda, que, mesmo com a sua FrontWoman estando muito parada em palco, se esforçava em trazer um movimento gigante para seus súditos leais e sejamos sinceros, osintegrantes do fã-clube oficial do Epica na cidade, encheu bolas de festa, com as cores Azul e Dourado, tematizado no último disco da banda e fez uma belíssima festa no início do show, esse momento foi muito interessante e até bonito, em ver como essa galera é engajada com o Epica.

O bis da banda vem recheado e foi o momento maior para o público presente: Cry For The Moon, Beyond The Matrix Consign to Oblivion. Os grandes clássicos da banda foram escolhidos para finalizar essa apresentação, pontualmente ás 22:30hr e com o encerramento eu vou deixar minhas considerações. Mesmo a banda inteira se movimentando demais, os instrumentistas serem visivelmente capazes de entregar um grande show e a execução das músicas estarem maravilhosas, Simone desfilando (literalmente) a beleza dela e bela voz, com toda a certeza o show do Epica não mudará o seu gosto, como não alterou em nada o meu, tornando presenciar essa grandiosa apresentação em um martírio fulminante, mas, mesmo achando extremamente chato, não tem como negar que eles em palco provam exatamente o porquê merecem toda a atenção, um show perfeito, coeso, sem erros, com instrumentistas de um lado pra outro, comunicativos, sempre prontos para dar o melhor aos seus fãs.

Esse é um show que, além da beleza do palco e do telão, das músicas que são bem executadas, caso você, como eu, não é um grande apreciador da carreira do Epica, não vale a pena ver o show, mas, você, fã do Epica e perdeu essa apresentação, eu vou falar para você que, perdeu uma noite incrível, tivemos duas apresentações incríveis, de bandas mesmo tão díspares, com proximidades sutis e leves nuances de proximidades, dois ótimos shows, duas apresentações repletas de qualidade, dois showzaços!! Agradecemos a Liberation pela chance de trazer a cobertura dessa ótima noite para vocês.

TODAS AS FOTOS POR JULIANA COSTA