Comemorando três décadas do lançamento do clássico “Covenant” do Morbid Angel, a banda I Am Morbid retorna a São Paulo com um show devastador.
Homenagear discos icônicos continua sendo uma ideia brilhante para bandas e projetos dentro do universo do Metal. Com esse objetivo, a banda I Am Morbid, liderada pelos ex-integrantes do Morbid Angel, David Vincent e Pete Sandoval, retorna a São Paulo para celebrar os 30 anos do lançamento do seminal álbum ‘Covenant’. Este disco é amplamente reconhecido como um marco na história do Death Metal e frequentemente é citado como um dos melhores e mais influentes álbuns do gênero.
Passadas três décadas desde o lançamento, a dupla demonstrou estar ainda extremamente afiada no palco. O frontman e baixista David Vincent manteve o público cativado durante todo o show, enquanto a performance monstruosa de Sandoval, mais uma vez, demonstrou por que ele é um dos bateristas mais reverenciados do Metal extremo. Os guitarristas Bill Hudson, um brasileiro radicado nos EUA, e o americano Richie Brown brilharam com riffs e solos, exibindo grande presença de palco e carisma.
O show, realizado no Fabrique Club e com uma excelente presença de público, começou com a clássica “Immortal Rites“, faixa de abertura do icônico álbum “Altars of Madness“, aquecendo os entusiastas do Metal em uma noite fria de quinta-feira. “Fall From Grace“, com seu riff magnífico, continuou a demonstrar que o legado do Morbid Angel está mais vivo do que nunca, com Sandoval dando um show à parte. “Visions from The Dark Side” foi a última música antes de o álbum homenageado começar a ser tocado. “Rapture“, um dos destaques da noite, levou o público paulista à loucura, com rodas gigantes se formando no meio da plateia. “Pain Divine” teve seu refrão cativante cantado por todos. Vincent explicou que o benefício de celebrar álbuns inteiros é poder tocar faixas raramente apresentadas, e isso levou à poderosa “Vengeance Is Mine“, seguida por “The Lion’s Den“, que, com seus riffs matadores, deixou todos os presentes com pescoços doloridos por uma semana. “Sworn to the Black” novamente trouxe elogios a Pete Sandoval, que mais uma vez impressionou com sua técnica impecável. Após uma breve pausa em “Covenant“, a plateia entrou em catarse com o riff de “Maze of Torment“, com todos entoando cada detalhe desse clássico de “Altars of Madness“. Após esse massacre, chegou a hora de uma pausa para os dois ex-integrantes do Morbid Angel descansarem, enquanto os guitarristas Bill Hudson e Richie Brown fizeram um pequeno solo, demonstrando toda a sua técnica. Foi então a vez de lembrar o quarto disco do Morbid Angel, “Domination“. As músicas escolhidas foram “Dominate” e “Where The Slime Live”, que se destacaram como pontos altos da noite. O show chegou ao fim com a trinca final composta por “Blood on My Hands”, a hipnótica “God of Emptiness” – cantada por todos – e “World of Shit (The Promised Land)”, encerrando de maneira espetacular esse show incrível. O legado do Morbid Angel permanece vivo e é devidamente celebrado.
Parabéns à Venus Concert pelo excelente trabalho e obrigado pela credencial, nos possibilitando trazer essa cobertura para vocês. A produção foi impecável, o som estava espetacular e tudo transcorreu de forma organizada. Esperamos ansiosamente por mais shows especiais como este em nosso país.
Texto por Raphael Arízio e fotos por Thiago Saad do Heavy Idea.
Setlist do I Am Morbid:
- Immortal Rites
- Fall From Grace
- Visions From the Dark Side
- Blessed Are the Sick
- Rapture
- Pain Divine
- Vengeance Is Mine
- The Lion’s Den
- Sworn to the Black
- Maze of Torment
- Dominate
- Where the Slime Live
- Blood on My Hands
- God of Emptiness
- World of Shit (The Promised Land)