Noite quase chuvosa na capital nacional dava o tom para um show muito aguardado e que creio que não muito cogitado pelos fãs de metal candangos, afinal, o Manowar sempre tocou em festivais ou apenas em São Paulo. Era a primeira vez que os clássicos veteranos do metal Manowar, retornariam à Brasília, desde sua última passagem, em 1996. Local que vem sendo espaço importante para shows internacionais de bandas de grande relevância. Depois de algumas especulações, finalmente chegou o dia, a sexta feira, dia 22/11/2024 mudou para sempre a Capital Brasileira.

Foto por Pedro “Humangous” Salim

Alguma estranhesa ao chegar no local, pois a previsão de abertura de portão da casa estava para as 19h, mas a liberação aconteceu já era por volta das 21h (onde ainda ouvíamos a passagem de som) e a entrada para o espaço do show aconteceu por volta das 22h, horário previsto para início do show!

Por sorte não chovia para poder esperar na fila headbangers que vinham de alguns outros Estados, como Goiás, Mato Grosso e demais locais que não conseguimos conversar com certeza. A expectativa era grande!

Foto por Pedro “Humangous” Salim

O local, Galpão 17 se mostrou interessante, porém ao entrar no local, o palco chamou atenção, pois era um pouco baixo e havia um pilar bem ao meio, algo que atrapalhou muito durante o show. Vale a casa rever essa questão, pois atrapalha bem o público!

Com perto de meia hora de atraso, enfim começa a clássica introdução com a abertura da clássica Manowar, cantada em uníssono e depois disso foi um despejo de clássicos, com “Warrios of the World United”, “Immortal”, “Brothers of Metal”.

Foto por Pedro “Humangous” Salim

Com o já tradicional som nas alturas da banda e trajes de couro, Eric Adams demonstrando sua simpatia pelo público também mostra que está muito em forma, aos seus 72 anos, ao emendar “Blood of my Ennemies”, “Call to Arms” e “Sign of the Hammer”, ou seja, era uma noite clássica! Com “Mountais” mostrou emoção e musicalidade que todos sempre curtimos dessa banda. Mas obviamente pudemos também desfrutar dos solos de baixo do gigante Joe DeMaio, que parecia um pouco apreensivo ou incomodado com a estrutura e que, em conjunto com a virtuosidade de Michael Angelo Batio, estavam sempre interagindo com a plateia presente.

Foto por Pedro “Humangous” Salim

Não podia faltar “Fighting the World”, “Kings of Metal” e “Kill with Power”, algo que agradecemos eles a tocar, porém, para surpresa da grande maioria finalizam o show na sempre finaleira “Hail and Kill” com “Fight Untill We Die” com um simples good night e deixaram todos esperando um retorno, um bis ou alguma interação final (sem falar nos discursos clássico de DeMaio, a quebra de cordas do baixo), mas nada mais aconteceu. Com uma hora e meia de show intenso e emocionante, confesso que achei pouca interação com o público visto apresentações anteriores deles pelo Brasil, principalmente nesse final, mas nada tirou o brilho de uma noite histórica, clássica e emocionante para o metal brasiliense. Noite histórica! Hail Warriors!!

Mas, infelizmente, depois do evento ocorrido, um baita problema aconteceu no local do show, quando o proprietário do Galpão 17 e a equipe que estava desmontando e retirando o equipamento no qual foi alugado para o evento discutiram, gerando para a empresa no qual foi a responsável por colocar o equipamento de áudio do evento um prejuízo aproximado de R$2Milhões, mais ou menos, saibam mais sobre essa confusão, aqui.

TEXTO POR CUPIM LOMBARDI e FOTOS POR PEDRO “HUMANGOUS” SALIM