Quarta feira, meio de semana, uma semana no qual o Verão Carioca não perdoou ninguém e castigou com um sol inacreditável, temos vivido dias estupendamente quentes, mas nada disso iria nos impedir de ir até o Teatro Clara Nunes para, inusitadamente, vermos o Rotting Christ, que traria o seu maravilhoso Black Metal à terra do Samba, pela quarta vez.
Bem, dessa vez a Estética Torta, que trás a banda ao Brasil e também lançou Non Serviam por aqui escolheu o Teatro Clara Nunes para receber a exímia apresentação dos gregos, chegamos cedo, pois conseguimos um horário para entrevistarmos o simpático vocalista/guitarrista Sakis Tolis (estará online em breve) e que nos revelou bastante coisa legal, aguardem. Mas voltando, por conta disso, conseguimos acompanhar toda a montagem do ótimo palco e uma pergunta no qual eu me fazia foi respondida logo de cara: como seria o show no Teatro? Será que as fileiras são removíveis?? Bem, não, elas são fixas e isso foi um ponto de “preocupação”, pois, Black Metal e fileiras fixas?? É, prometia a noite.
E com o passar o dia, uma coisa no qual eu vi na passagem de som, a qualidade do som do local é simplesmente incrível e na passagem deu pra perceber como o público teria um som incrível. E teve. Mas o tempo para as aberturas dos portões chegavam e um movimento bem fraco na porta do Teatro, que fica localizado no bairro da Gávea, Zona Sul Carioca, dentro de um Shopping do bairro, shopping esse que abriga mais três teatros.
Bem, colocamos todas as curiosidades na mesa, vamos falar do que importa, o evento em si. Com um atendimento de público muito abaixo do que eu e todos esperavam, o Rotting Christ não se importou e às 20:30hr em ponto subiu ao lindo palco montado e fez um show memorabilíssimo para os pouco mais de 150 pagantes naquela noite no qual a banda celebraria seus 35 Anos de Existência, executando músicas do seu mais recente lançamento, Pro Xristou e mais diversos clássicos e todo o som executado foi magistral, incrível como em 35 anos de carreira, Sakis e Themis Tolis (vocal e guitarra, bateria, respectivamente), com Kostas “Spades” Heliotis (baixo) e Kostis Foukarakis (guitarra) e a apresentação foi incrível, como sempre a entrega da banda para o seu público, mesmo que erroneamente diminuído, foi ímpar.
Todos agitavam muito em palco, se doando de corpo e alma para aquela pequena parcela de Rio de Janeiro do Metal que se fez presente e que, mesmo sendo ínfima, foi também receptiva com a banda, mas uma outra pergunta foi respondida: show em teatro com fileira fixa, funciona? SIm, mas com ressalvas. Mesmo sendo pouco o atendimento, esses poucos se engalfinharam em frente ao palco, para ficar extremamente próximos dos gregos que responderam todo o carinho cedido. Músicas como Like Father, Like Son, King Of A Stellar War, Fghmenth, Thy Gift, The Sign Of Evil Existence, In Yumen – Xibalba, Kata Ton Daimonia Eautou, Noctis Era e outras foram executadas com maestria pela banda que iniciou essa turnê pela Cidade Maravilhosa e que irá passar por diversas cidades, a dica é: assistam ao show, está impecável. NON SERVIAM!
Obrigado à Estética Torta pela chance de trazer esse texto para vocês.
TODAS AS FOTOS POR IAN DIAS (@diasphotograph)






















































