Os Americanos do Khemmis lançaram nesse ano o belíssimo Deceiver e hoje, pra ser mais exato, a alguns poucos momentos atrás, consegui conversar com guitarrista e vocalista Phil Pendergast em torno do disco e de como as coisas rolaram para a banda nesse momento “final” de uma pandemia e sobre o disco lançado.
Em nosso bate papo, Phil nos contou como o Khemmis surgiu e sendo essa uma parte legal, já que ele conheceu o outro guitarrista(Ben) durante a Faculdade de Ciências Sociais e eles estavam indo a um evento e, usando as palavras do próprio Phil “é meio complicado achar pessoas com esse nosso gosto por ai, então nos apoximamos.” e a outra parte legal da formação da banda é que, o baterista(Zach) da banda é cervejeiro e trabalha em uma Cervejaria local(em Denver). Nesse momento tive que mandar a máxima né: “A cerveja sempre unindo as pessoas.” Rimos um tanto com isso…
Sobre a composição de Deceiver, Phil me contou que uma das principais inspirações para no nascimento do disco foram as dificuldades no qual passamos, todas os problemas desse mundo no qual estamos, ainda, aprendendo a viver nele, todas essas dores, sofrimentos de um isolamento, fazem parte do que o disco quer nos passar e o legal é na parte das influências que vão de bandas de Classic Rock e aqui não poderia de deixar de citar a principal(no meu ponto de vista, lógico) que ele citou: THIN LIZY. Nesse momento eu tive que comentar:
Eu: “Thin Lizzy é demais né, gosto muito da banda.”
Phill: “Eles são os melhores.”
Ah, lógico, além do Classic Rock, bandas mais atuais de Black, Death e Doom Metal também complementam a lista de influências à banda, mas o Classic Rock é mais latente.
Sabendo que a banda nasceu, praticamente, dentro do curso de Ciências Sociais, não tive como perguntar se, os fãs do Khemmis ouvem alguma coisa do que eles aprenderam durante o curso, mas Phil comentou que, ao cursar esse tipo de curso, se espera um engajamento maior, sendo que no Khemmis, eles preferem fazer algo mais introspectivo, ele comenta que a música do Khemmis, para ele, funcionaria como um “diário pessoal” de um personagem em si, despejando no mundo sobre a sua depressão, a sua vergonha interna, os sentimentos mais “moribundos” que o ser humano pode degustar.
Sempre gosto de tentar “esmiuçar” um pouco da capa do disco com o artista, já que, nesse caso, eu e Phil temos o mesmo costume de sentar e ficar olhando por um longo tempo as capas e tentando entender o que está acontecendo, o que esses caras querem me passar e ao entrar essa área, ele mesmo ficou super empolgado em comentar que tanto ele, como o artista que desenvolveu a capa junto de Phil, pensaram em trazer pra arte uma Figura Central, que está meio que em seu purgatório pessoal, nos portões do seu próprio inferno, encarando os seus demônios e eu achei isso super legal, ainda comentei para com ele que, seria algo até Nietzschiano, como a passagem de encarar e abismo e ele olhar para dentro de você e o Phil concordou com isso, sendo não somente existencialista, mas uma forma de você encarar a você mesmo, quem você se tornou em vida, muito legal.
Finalizando o bate papo com o simpático Phil Pendergast, eu pedi pra ele elencar 5 capas de discos que mais marcaram ele, mas ele não soube responder direito, mas citou capas de bandas como Yes, Alman Brothers, Nazareth, Molly Hatchet, na infância dele, pegando das coleções do pai dele e olhando e ao começar a ouvir mais Metal, o Iron Maiden entrou na história e comentamos da capa do Powerslave e ele falou que isso o influencia até hoje e realmente são capas interessantes e pra finalizar, o Phil nos avisa: “Assim que acharmos a banda correta para vir ao Brasil, iremos vir, obrigado pelo Sepultura.”
Ah, ele também nos pediu para “espalharmos a palavra” do Khemmis, pois ele sonha em tocar no Rock In Rio. Então, temos essa missão!! rsrs…