Revelação do rock nacional, os paranaenses do Electric Mob mostram que a estreia nos palcos do festival Summer Breeze foi mais que na hora certa, até demorou.
O show que aconteceu na sexta-feira, 26, no Waves Stage, fez toda a plateia cantar e agitar até quem estava na fila para a famigerada foto do lendário baixista do Kiss, Gene Simmons.
Renan Zonta empunhou seu microfone, como quem desembainha uma espada, com a certeza da vitória. E olha, que vitória! Foi o primeiro show do dia em que eu assisti do Pit (espaço onde ficam fotógrafos e cinegrafistas) e que assertividade, que energia, que alegria. Sabe show que causa felicidade? Eles me causaram isso.
Ben Hur Auwarter solava como um herói, uma Les Paul Cherry Sunburst levantada, como uma capa de poster dos anos 80, com o sol batendo e mudando as cores do cenário aos poucos, um ambiente regado ao mais novo e genuíno Hard Rock me fez perceber que o futuro do gênero está mais que garantido.
Mateus Cestaro batia tão forte na bateria, que cheguei a dar uma olhada se ela estava inteira. E que groove. Um peso dançante e contagiante: uma mistura digna de lenda.
O setlist abriu com Will Shine, que já fez o público cantar e gritar pelo nome da banda. It’s Gonna Hurt, atual música de trabalho, agradou e fez muita gente cantar e dançar, diria que causou um transe em muitas pessoas. É o que a letra causa: uma total identificação, e falar sobre o que machuca sempre rende uma boa reflexão, mas com uma pegada forte dessas, meu amigo, a dor passa e sobra apenas a vontade de esmaga-la sob seus pés. King’s Ale serviu para Renan se aproximar de seus súditos e fazê-los cantar num coro solene.
A banda para e Zonta agradece. Agradece pela alegria e honra de estar num palco tão importante, num festival do tamanho do Summer Breeze (que espero sinceramente que conserte o equívoco que foi deixar uma banda tão boa num palco tão pequeno e escondido, sorte que esses meninos transformam água em vinho). E, em homenagem ao primeiro festival tocado, eles tocariam a primeira música de trabalho: By The Name.
O show caminhava para seu fim e a banda emendou Black Tide, Sun is Falling e Love Cage. Uma tríade matadora de sucessos. Upside Down e Devil You Know arrematam o que se pode chamar de um show perfeito.
E é isso bangers, se tem uma coisa que eu tenho para falar sobre Electric Mob é: fiquem de olho, sigam esses garotos, porque eles ainda vão levar o nome do Brasil a lugares fantásticos, porque qualidade pra isso eles têm.
Texto por: Amanda Basso.