O colaborador Raphael Arízio é um avído fã de Iron Maiden e, ao saber que, teríamos a chance de conversar rapidamente com Dennis Stratton, o guitarrista que passou pelo Iron Maiden no início da carreira, ele ficou altamente empolgado e nos enviou cinco perguntas, no qual em uma vídeochamada com o Augusto Hunter em um bate papo super amistoso e tranquilo, no qual vocês poderão ler abaixo.
HBr: Dennis, pra você, qual foi a sua importância para o som do Iron Maiden??
DS: Acho que, a introdução de guitarras harmônicas podem ser a minha maior importância para o som do Iron Maiden, o uso de “terceiras”, acho que, introduzir esse tipo de harmonia, dentro do que eles queriam naquela época, foi a minha maior importância para o som da banda.
HB: Uma das lendas da sua saída gira em torno da música Phantom Of The Opera, que você, em estúdio mexeu demais nela e quase ficou uma música do Queen, verdade isso?
DS: SIM! E mais, imagina que, naquele tempo, a banda possuía já, um “catálogo” com 20 músicas e quando a gente fazia shows menores, ok, tudo ensaiado, mas chegou um momento no qual éramos Headliners, então tínhamos que ir pra esse “catálogo” e ver algumas canções. Essas músicas entraram nos primeiros discos da banda e com a gravadora pressionando pelo segundo disco (Killers), eu realmente dei uma mexida na música e sim, ficou soando como Queen, mas foi puro experimentalismo.
HB: Outro boato envolvendo a sua saída é que, durante a tour com o KISS, você preferia ficar com a equipe do que com a banda, verdade isso?
DS: Nada, isso é lenda real, o que acontece, antes do Iron Maiden eu já tive experiência em turnês com o Status Quo, então eu sei como funciona todo o processo, então, pra não ficar sempre falando e convivendo com as mesmas pessoas, eu ficava conversando com mais gente, equipe e todo mundo, é como se fosse uma família. Eu acho que em turnê, é necessário ter um certo espaço e liberdade para fazer o que for, por exemplo, na Suíça, naquela tour, eu fui resolver algumas questões, então não, nada disso.
HB: Tem alguma participação sua no Killers? Qual a sua opinião sobre o disco?
DS: Então, uma boa parte a gente já tocava ao vivo, então uma parte “aqui e ali” com certeza foi aproveitada, mas não gravei o disco, mas sim, dependendo das escolhas do Steve Harris, tem coisa minha ali sim e eu acho bom o disco.
HB: Se você tivesse ficado no Iron Maiden, você acha que a banda chegaria aonde ela chegou?
DS: Não tenho como responder isso, mas o Steve sempre teve a visão de que o Iron Maiden seria o que ele é atualmente, mas, caso estivesse na banda, tudo poderia ser muito difereente, é muito difícil saber, já que com o Bruce Dickinson a banda tomou um direcionamento diferente. Por exemplo, com Bruce e Adrian Smith, eles gravaram WASTED YEARS e é a música que, de longe, eu mais gosto do Iron Maiden. Com Blaze foi outra coisa, então é muito difícil saber o que poderia ter acontecido.
E assim findamos o bate papo com o simpático guitarrista, que irá se apresentar em diversas cidades, como você poderá ver no cartaz abaixo, mas fica um adendo, o show do RIO DE JANEIRO NÃO ACONTECERÁ, já que a produtora local cancelou o evento esses dias, veja todas as informações abaixo.