Ao longo da última década, a Flayst lentamente se tornou um nome na cena melódica do death metal na Suíça. Formada em 2005 na Suíça, a banda primeiro publicou duas demos antes de gravar um primeiro álbum de estúdio chamado ‘Burning Eden’ em 2016, no Conatus Studios em Montreux (Suíça). Burnin Eden foi muito aclamado pelo público e com certeza deu à banda a oportunidade de tocar em vários festivais. A Flayst pode dizer com orgulho que dividiram a cena com bandas como Caliban TesseracT Eluveitie e muitos mais.

Em uma entrevista exclusiva ao site Headbangers Brasil, o guitarrista Jonathan Fernandez contou um pouco sobre a banda, que até o momento era desconhecida em terra brasileiras, falou sobre o debut álbum e os planos para lançar o proximo álbum ainda este ano.

Flayst possui uma Demo, um EP, singles e um único álbum “Burning Eden”, de 2016. Como foi trabalhar nesse álbum de estreia?

Demorou muito, como você pode imaginar. Conhecemos muitas bandas que são muito rápidas escrevendo canções, lançando álbuns e assim por diante. Flayst é antes uma das bandas que mais investe tempo em suas músicas e álbuns. Existem várias razões para isso. A maioria dos membros da nossa banda têm uma família e cada membro da banda tem um emprego. Isso já reduz drasticamente a quantidade de tempo que cada um pode investir na banda toda semana. Mas acima de tudo, nós não gostamos de trabalhar sob estresse. Queremos trabalhar em novas músicas porque queremos fazê-lo, não porque precisamos. Grande diferença. Às vezes, demoramos 1 mês para finalizar 4 músicas, às vezes, leva um ano inteiro. Sempre depende de como todos nós estamos inspirados em um momento particular. Para ‘Burning Eden’, demoramos cerca de 4 anos desde o dia em que começamos trabalhando nisso até o dia do lançamento.

Como foi a aceitação do público com o disco “Burning Eden”?

Foi muito positivo. Recebemos muitos comentários muito bons em todo o mundo. E nós somos muito feliz em saber que o álbum chegou ao Brasil.

Você trabalha apenas com a banda ou tem outros trabalhos paralelos? Como reconciliar a banda com outros trabalhos?

Parte dessa pergunta já foi respondida acima. Normalmente nos vemos uma vez por semana para trabalhar juntos. É um bom ritmo e permite que todos se dêem bem com suas vidas privadas (família, trabalho e outras atividades). Isso é um pouco especial com devido à pandemia. Não nos vimos muito… Mas isso não nos impediu de trabalharmos juntos. Felizmente, hoje é muito fácil compartilhar conteúdo na nuvem, então é assim que conseguimos continuar trabalhando… Todos em casa, trabalhando em novas músicas e compartilhando o conteúdo junto.

A banda segue estilos e influências de death metal melódico e metal moderno. Por quê segue esta linha?

Sempre gostamos da maneira de misturar melodias e death metal. Isto não significa que não gostamos de bandas de puro death metal, mas tem sido nossa assinatura desde o início. Nós gostamos e as pessoas aparentemente gostam. Portanto, decidimos continuar assim.

Como está o mercado musical do metal na Suíça?

Complicado… Eu diria até que todo o mercado musical na Suíça é complicado. Há muitos festivais, mas a maioria deles propõe a mesma variedade de música (pop, r & b, reggae, hip hop, etc.). Às vezes, pode acontecer que um mesmo headliner toque em 4 festivais na Suíça em o mesmo ano. WTF? Além disso, não há muitos festivais de metal puro na Suíça. Por outro lado, o número de bandas de metal e o público na Suíça e na Europa para esse tipo de música é enorme. Portanto, há um problema claro entre oferta e demanda. Tudo isso torna muito difícil para bandas emergentes como a nossa. Então começamos a voltar nossos olhos para França ou Itália para tocar em shows e festivais por lá.

Flayst já fez grandes shows? Quais foram as turnês mais marcantes da banda?

Eu diria que nosso destaque foi o Festival Irreversível (CH) e o Festival Avalanche (CH). Em Irreversible Festival, tocamos com bandas como Calliban (DE) Tesseract (UK) e Eluveitie (CH). Foi um verdadeiro prazer atuar em um palco assim. Em 2020, deveríamos ter disputado a Swiss Metal Battle, onde o vencedor escolhido iria tocar no Wacken Open Air que é um dos maiores festivais de metal da Europa. Infelizmente, devido à crise da COVID-19, a batalha e também o festival foram cancelados. Estamos realmente ansiosos para ter outras grandes oportunidades no futuro.

Foto: Divulgação FLAYST
Foto: Divulgação FLAYST

Já se passaram quatro anos desde o álbum de estreia. A banda está preparando um segundo álbum? Você pode contar alguma novidade sobre isso?

Exatamente. Estamos trabalhando ativamente em nosso segundo álbum, que deve ser lançado ainda este ano.

Quais são os planos do Flayst para o futuro?

Esperamos que o álbum que planejamos lançar  nos dê novas oportunidades, para tocar em shows, festivais, etc. Mas acima de tudo, nosso plano é manter o prazer que temos em escrever música, passar tempo e conviver uns com os outros. Porque você só pode fazer grandes música se você gosta do que faz e com quem está fazendo.

Você já conversou com o público no Brasil?O que você acha da cena metal brasileira? Você conhece alguma banda?
Infelizmente nunca tocamos no Brasil e não sabemos muito sobre a cena no seu país, mas é muito bom saber que tem gente no Brasil que gosta de Metal. Quase tocamos com o Nervosa, uma banda de metal do Brasil que planejava fazer uma tour na Europa, mas elas cancelaram a turnê alguns dias antes de começar, então, infelizmente, não conhecemos essas quatro garotas da Nervosa.
Obrigada pela entrevista! Você pode deixar uma mensagem para os leitores do Headbangers Brasil?
Eu diria apenas “Fique de ouvidos atentos”. Estamos muito confiantes de que nosso novo álbum será muito poderoso. Colocamos muito trabalho nele e se você gostou do ‘Burning Eden’, acho que vai gostar mais ainda do novo trabalho!
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