Formada em 2016, com um álbum lançado no ano seguinte, turnês por boa parte do Sul/Sudeste, um show gravado ao vivo no Estúdio Showlivre e um single lançado em 2019, Fusage, acaba de lançar o primeiro single “Fearless Soul“, que fará parte do seu segundo disco de inéditas intitulado “Outburst Desert“.
Com um riff simples e cativante levado pela cadência de uma verdadeira balada rock, a música ganha o ouvinte nos primeiros segundos. A banda convoca coragem e celebra a liberdade retratando a ânsia por estar novamente na estrada vivendo “todos os sonhos que estão passando”. O refrão afirma, “eu sou uma alma destemida”, para selar de vez a vontade de conquistar o mundo que toma conta de quem escuta o som. É o tipo de música que você coloca no carro pra viajar como se estivesse num filme de aventura onde nada pode dar errado, mas se der, nada disso vai conseguir te abalar.
A influência do produtor Rodrigo Sanches (@rootsans) é nítida. É possível sentir aflorar na composição o lado “rock de estádio” com todos os ingredientes de uma boa canção para ser entoada em coro. É uma faixa mais pop e talvez digamos, mais acessível ao grande público, mas ainda é essencialmente um rock ‘n’ roll sincero e direto, tanto quanto necessário nesses tempos sombrios que vivemos. A capa é assinada pelo renomado tatuador e artista Eduardo Rodrigo (Comsequência) e o lançamento é via selo Bananada (@festivalbananada).
“Outburst Desert”
Fusage está em processo de lançamento do segundo álbum “Outburst Desert“, produzido por Rodrigo Sanches e gravado no Estúdio Rootsans (São Paulo/SP). Rodrigo que já trabalhou com nomes como Miranda, Cansei de Ser Sexy, Céu, Tom Zé, Nação Zumbi, Franz Ferdinand e Iggy Pop é um aliado de peso nessa nova fase da carreira. As faixas foram pré-produzidas remotamente durante boa parte de 2020 e as gravações ocorreram em dezembro com o lançamento do álbum previsto para o segundo semestre de 2021.
Pode-se adiantar que quase nada permaneceu de antigo. O disco todo começa e termina em clima de renovação. Em uma espécie de diáspora sonora, a banda entra em sintonia com a experiência descomunal e toda inventividade de Rodrigo Sanches que traz principalmente novas formas de liberdade criativa e convida os músicos a atingirem o próximo nível. Desde a cozinha onde a mensagem se faz mais clara, concisa e objetiva, passando pelas camadas congruentes de riffs e timbres tonificados por Jean Cedemachi (o mais novo membro) até a abordagem estética das vozes que entoam em coros letras de posicionamento político e questionamentos da existência humana (com participação de João Lemos – Molho Negro). O peso permanece, mas amadureceu. Novos horizontes se abriram para a concepção dessa obra e, faixa a faixa, fica escancarada a afirmação mais ambiciosa do quarteto; de que existe um imenso deserto com novas formas, texturas e sabores a ser vivenciado.