No sábado passado o Rio de Janeiro recebeu de volta um dos grandes nomes do Nu Metal mundial, com o retorno do POD à cidade, dessa vez contando com um apoio de luxo, com o Demon Hunter também retornando, após um tempo sem vir ao Brasil e o Living Sacrifice, banda veterana que fez a sua estréia nos palcos da América Latina. Mais uma vez, o Sacadura 154, localizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro, se provou ser uma casa ótima para shows de médio porte, comportando bem demais o público que desde cedo já chegava para o evento.

A primeira banda a se apresentar foram os veteranos do Living Sacrifice, que abriram o evento e contando com um set curto, porém devastador, a banda apresentou um Groove Metal muito forte, com riffs potentes, bases viciantes e breakdowns certeiros. Mesmo curto, a banda conseguiu passear por toda a sua carreira, destacando a abertura com Flatline, que é um abre alas já desconcertante, a maravilhosa The Reaping, que destrói qualquer pescoço e Reborn Empowered lembrando dos tempos iniciais da banda, aonde o Thrash Metal mais clássico era o caminho deles. Que showzaço e, particularmente, fiquei muito satisfeito em ter visto essa apresentação.

Uma rápida virada de palco e vemos um dos guitarristas do Demon Hunter já preparando as suas coisas para o próximo show, detalhe que, mesmo ele arrumando o seu equipamento, não deixou de dar atenção a algum fã que o chamava, sempre com um sorriso no rosto e uma piadinha para brincar com o público, ponto positivíssimo a ele e a banda.

A apresentação começa com um acerto, Sorrow Leads The Way foi a escolhida para iniciar a apresentação da banda e, já de cara, um destaque para a belíssima voz de  Ryan Clark que além de exímio vocalista, tem uma presença de palco inebriante, se movimentando o tempo inteiro e conduzindo o seu público de forma primorosa a cada canção executada pela banda.

Demon Hunter desfilou canções de diversos discos, elencando músicas de altíssima qualidade e peso emocional, como Dead Flowers, The Heart Of The Graveyard, I Will Fail You, fazendo o show ser ainda maior e melhor do que eu esperava. O final foi gigante, com Storm The Gates Of Hell, deixando todos os presentes com aquele gostinho de quero mais.

A última virada de palco e essa massiva, deixando o palco do Sacadura 154 bem limpo para a apresentação do POD, banda essa que dispensa apresentações e mesmo eu não sendo um fã (diria que eu sou até um detrator deles), não posso deixar de citar o que eu vi em palco naquela gloriosa noite de sábado e o visto foi uma banda fazendo jus ao nome conquistado, eles descem ao palco e o público regogiza a chegada com um fuvor digno de banda gigante no qual, sim, eles um dia foram e carregam esses status.

Mais do que merecido, pois é uma apresentação forte, enérgica e empolgante. Impossível não comentar a força de Sonny Sandoval e a sua energia Primal em frente a banda, que agita e se comunica do seu jeito, ora dançando, ora bangueando. Sonny, em um certo momento, se joga em seu público e se entrega ainda mais. Mas, dentro de mim ficava uma frase sendo repetida feito um mantra: “Meu Deus que banda chata”, disse acima e reafirmo tal posição, mas, não posso ser injusto.

POD entrega ao seu fã uma experiência digna do tamanho conquistado, um show que remete aos tempos de clipes na MTV e de shows com toda a aura e indumentária no qual o Nu Metal sempre teve, em suma, mesmo que tenha sido uma breve experiência, foi marcante em mim ter visto seus fãs tão felizes com aquela apresentação, então, valeu demais ter visto um pouco do POD nessa noite.

TODAS AS FOTOS POR JULIANA COSTA – @clicksdajuliana