RESENHA: MARK MORTON – ETHER (2020)
Tracklist:
01. All I Had To Lose (com Mark Morales)
02. The Fight (com John Carbone)
03. She Talks To Angels (com Lzzy Hale)
04. Love My Enemy (com Howard Jones)
05. Black (com Mark Morales)
Mark Morton é um dos guitarristas de maior destaque da geração 2000 do Metal, fazendo parte de uma das mais proeminentes bandas desse período, o Lamb of God. Em 2019, o guitarrista pegou a empreitada de lançar seu material solo, “Anesthetic“, onde contava com várias participações especiais. Agora, sua banda principal se prepara para mais um lançamento, mas ainda houve tempo para que Morton lançasse um novo material com seu nome mas num formato menor, o EP Ether, que de novo trazia participações, só que explorando outros rumos da sua musicalidade, em canções mais voltadas para o acústico e um baita cover para fechar em grande estilo.
“All Had To Lose” é quem abre. Traz o parceiro de outrora Mark Morales no vocal e é uma balada em tons modernos, muito bem composta e bastante harmoniosa com ótimas passagens do violão, mostrando o domínio de Morton com o instrumento aliado à grandes sacadas vocais do parceiro.
A seguinte é “The Fight“, que conta com John Carbone do Moon Tooth. É a mais agitada do disco, ainda mantendo um nível mais moderno e uma boa levada com um refrão cativante.
Lzzy Hale do Halestorm é a próxima convidada e manda ver em um cover do The Black Crowes, “She Talks To Angels“, um pop country dos bons e que cai como uma luva na voz da moça e é um dos destaques do disco, com a sua voz rasgada em que abusa em vários momentos sendo muito bem vinda.
“Love My Enemy” volta aos tons modernos com Howard Jones, ex-Killswitch Engage e sua bela voz melódica em grande estilo que alterna entre algo mais sereno nos versos para explodir com energia no refrão que é muito bem composto, bem típico do vocalista para quem acompanha o trabalho do cara.
E pro grande encerramento, Morales volta para encarnar uma das baladas mais fortes dos anos 90, “Black“, do Pearl Jam, música esta que Morton afirmou ser uma das suas favoritas daquela década e não por menos. Eddie Vedder personifica a dor em seus versos e reproduzir aquilo não é para qualquer um, mas o que encontramos aqui é uma versão um pouco mais simples, só que não menor, uma bela homenagem e uma leitura vigorosa e que fecha tudo de ótima forma.
“Ether” não é o Mark Morton do Lamb of God nem de “Anesthetic“, mas traz uma nova cara do grande músico que é e num curto trabalho, faz tudo com maestria e entrega um ótimo resultado final que deixa só o amargo de ser tão curto e nos deixa ávidos à querer mais disso.
NOTA: 4/5