No último sábado, dia doze (12) de Agosto, o Heavy Beer Bar mais uma vez abriu as portas para o pessoal da Tomarock Produções trazer à vida a segunda edição do Festival O Rock É Preto, estivemos na primeira edição desse importante festival (cobertura aqui) e nesse sábado, a Tomarock aumentou e muito o rolé desse belo evento e colocou como headliner a banda que mais cresce no Brasil, atualmente, a melhor banda em palco atuante, os mineiros do Black Pantera, que teve a abertura nessa edição do Facing Fear, Trama e da Quantum.
O evento, como foi anunciado e como é costume nos eventos da Tomarock Produções, começou pontualmente às 21:00 e o Facing Fear foi o incumbido a começar o evento, infelizmente não consegui chegar em tempo para vê-los ao vivo, mas posso comentar com vocês que a banda, formada por Terry Painkiller (voz), John Killesh (guitarra), Dantas (guitarra) e Vall Maranhão (bateria), com o baixista que tocou com eles fez um belíssimo show, já que a banda é de uma competência absurda.
Já na casa, pude ver o pessoal da Trama subir em palco com o seu Rapcore/Funky/Soul extremamente politizado e muito bem posicionado, lutando forte em suas letras contra o preconceito racial no qual, infelizmente ainda existe e vivemos vendo acontecer, sempre. A banda, que executou faixas do seu disco Salve Geral e uma ótima versão em Português do clássico Killing In The Name, do Rage Against The Machine, aqueceu ainda mais o público nesse sábado histórico.
Um tempo depois, seria a vez do Quantum, banda de Modern Metal, com negros e uma mulher no vocal sobe ao palco, para um show, que usando um sinônimo bem correto, mas pro Carioca poderá soar como uma “zoeira”, mas usemos assim mesmo, foi “avassalador” (entendedores…) rsrs. O Quantum, que atualmente é formado por Lorraine Quadros – Voz, Gabriel Miranda e Gabriel Viegas – Guitarras, Ali Ahmed – Bateria e Jason – baixo, a banda fez um tremendo show, a banda que tem uma influência bem grande do Jinjer e outras bandas do cenário mais moderno do Metal, fez um show incrível, tocando músicas de sua carrreira, destaque para a emocional Eterna, mas também teve momentos maravilhosos, tocando o próprio Jinjer (Pisces e Perennial) e Lamb Of God (Laid To Rest). A banda promete demais, grande nome ressurgindo no Rio de Janeiro.
Então, depois de um tempo, chegou o grande nome da noite, o grande nome do Metal/Hardcore negro do Brasil, pois o Black Pantera subiria no palco do Heavy Beer, mas antes, o clássico discurso do produtor Luciano Paz que dessa vez nada tinha pronto, mas lembrou da importância do evento, tanto pra ele como pro cenário, já que atualmente sim, eu mesmo corroboro as palavras do exímio produtor que, tem visto mais irmãos negros no rolé do Rock/Metal no Rio de Janeiro e uma fã subiu, com a permissão do produtor e mandou o papo de “Justiça Por Thiago” (detalhes sobre aqui) e ele falou de tantos outros executados pelo estado.O discurso dele é sempre necessário para nos lembrarmos que sim, posicionamento é importante e necessário.
Depois das belíssimas palavras de Luciano Paz, Charles e Chaene Da Gama (vocal, guitarra e baixo, respectivamente) e Rodrigo Pancho (bateria) subiriam ao palco e sem perdão nenhum já chegaram tocando Padrão é o Caralho, do disco Ascensão e o público, que já estava quente, por conta das belas aberturas, mostrou, mais uma vez, porquê tocar nessa cidade é tão especial e diferente. Músicas como Fogo nos Racistas (essa já clássica da banda), Delírio Coletivo, a maravilhosa versão de A Carne da icônica Elza Soares também foi tocada, com o momento do Chaene Da Gama recitar um grande trecho de Negro Drama do Racionais Mc´s nela teve. O Black Pantera não deu um minuto de sossego ao público que se entregou entre rodas e mais rodas e até as mulheres tiveram a sua chance, já que é de costume em shows da banda, eles tocarem uma música e falar pra somente as mulheres irem pra “roda” nesse som e não foi diferente no Heavy Beer. Um hiper show que foi simplesmente perfeito, finalizando esse evento que se faz, cada vez mais necessário, tanto no Rio de Janeiro como em todo o nosso país, sugiro a todos os Produtores de Evento em nosso Brasil à “copiar” esse modelo e mostrar para a sua cidade que sim, O Rock É Preto.
Abaixo um vídeo feito pela Fotógrafa e Videomaker Carioca Daniela Barros gravou do seu celular para o Headbangers Brasil.